Justiça

Moraes se reúne no TSE com líderes de partidos para debater segurança nas eleições

O ministro está na presidência da Corte interinamente; encontros ocorrem após assassinato de petista em Foz do Iguaçu

Moraes se reúne no TSE com líderes de partidos para debater segurança nas eleições
Moraes se reúne no TSE com líderes de partidos para debater segurança nas eleições
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Foto: Andressa Anholete/AFP
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Presidente em exercício do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes recebe nesta quarta-feira representantes do PT, PSB, PC do B, PV, Rede, PSOL, Solidariedade, MDB, PSDB e Cidadania para discutir violência nas eleições. O encontro ocorre em Brasília, na sede da Corte, e acontece na esteira do assassinato de um militante petista em Foz do Iguaçu, no último sábado.

Moraes é vice-presidente do TSE e chefia interinamente a Corte até o próximo dia 17. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) assume definitivamente o comando do tribunal no dia 26 de agosto, quando tomará posse como presidente, substituindo o ministro Edson Fachin. Será ele quem irá atuar durante as eleições de outubro.

Ao GLOBO, o advogado Eugênio Aragão, que integra a equipe jurídica do PT, afirmou que entregará a Moraes um pedido de providências para que a Justiça Eleitoral adote medidas de segurança visando o período eleitoral. A coligação da pré-candidatura de Lula é formada por PT, PSB, PC do B, PV, Rede, PSOL e Solidariedade.

Nesta tarde, Moraes também recebe a senadora Simone Tebet, pré-candidata à presidência pelo MDB, o senador Confúcio Moura, o vice-presidente do MDB Nacional, o deputado federal Bruno Araújo, presidente Nacional do PSDB e Roberto Freire, presidente Nacional do Cidadania. De acordo com informações divulgadas à imprensa, eles devem entregar ao ministro um “Manifesto pela Paz nas Eleições”.

A questão da violência nas eleições ganhou visibilidade nos últimos dias após o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, ex-candidato a vice-prefeito na chapa do PT de 2020. O petista foi morto a tiros na própria festa de aniversário de 50 anos, com temática do partido, por um policial penal identificado como Jorge José da Rocha Guaranho.

Segundo testemunhas, Guaranho gritou “aqui é Bolsonaro” ao chegar ao local. As informações constam no boletim de ocorrência, obtido pelo GLOBO. Ainda no domingo, Moraes criticou a violência ao dizer que a intolerância, e o ódio são contrários à democracia.

“A intolerância, a violência e o ódio são inimigos da Democracia e do desenvolvimento do Brasil. O respeito à livre escolha de cada um dos mais de 150 milhões de eleitores é sagrado e deve ser defendido por todas as autoridades no âmbito dos 3 Poderes”, escreveu o ministro em uma rede social.

Apesar da visibilidade no atual momento, o tema da incitação ao ódio durante o pleito de outubro já permeia as preocupações da Justiça Eleitoral desde o início dos preparativos para as eleições. Quando assumiu o TSE em fevereiro, o ministro Edson Fachin escolheu como lema para sua gestão “paz e segurança nas eleições”.

Nesta terça-feira, em reunião com o procurador-geral da República, Augusto Aras, senadores da coligação do ex-presidente Lula entregaram um pedido para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja investigado por adotar condutas que incentivem e levem à violência.

No pedido de investigação de Bolsonaro, a oposição afirma que as condutas praticadas por ele “de forma reiterada, para além de ameaçarem a ordem democrática e a integridade física dos brasileiros, configuram, em tese, crimes definidos no Código Penal e em legislação especial”.

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