CartaExpressa
Secretário de Segurança de Foz do Iguaçu diz que assassinato de líder petista ‘pode ter sido intolerância política’
Segundo destacou Marcos Antonio Jahnke em entrevista à emissora de TV do Paraná, os indícios colhidos até o momento sustentariam sua afirmação
O secretário de Segurança Pública de Foz do Iguaçu (PR), Marcos Antonio Jahnke, afirmou neste domingo 10 que os indícios colhidos até o momento apontam que a morte de Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do PT na cidade, foi causada por ‘intolerância política’. O homem foi assassinado a tiros por um bolsonarista quando comemorava seu aniversário com a temática do ex-presidente Lula (PT).
“Pelo que a gente percebeu foi uma intolerância política”, disse o secretário em entrevista à emissora de TV do Paraná. O gestor da pasta disse ainda que o caso será melhor apurado pela Polícia Civil, que prometeu uma coletiva para o fim do dia.
Ainda no início da tarde deste domingo, a Polícia Civil confirmou que o homem que atirou contra Marcelo Arruda é o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho. O boletim de ocorrência também cita os gritos de ‘é Bolsonaro’ dados pelo atirador antes do ataque e sustenta o depoimento das testemunhas até então.
Arruda era guarda da cidade e ocupava o cargo de tesoureiro do PT. Ele chegou a concorrer ao cargo de vice-prefeito em 2020 por indicação do partido. Ele também ocupava o posto de diretor do Sindicato dos Servidores Públicos de Foz do Iguaçu. Ele deixa a esposa e quatro filhos, entre eles, um bebê de apenas um mês.
Antes de ser morto, ele comemorava seu aniversário de 50 anos quando teria sido surpreendido pelo ataque a tiros do homem desconhecido. A temática da festa, o PT e Lula, teria sido o motivador do ataque feito pelo policial penal, um apoiador de Jair Bolsonaro (PL). A informação inicial divulgada pela Polícia Civil era de que ele também teria morrido no local após ser atingido por tiros de revide. Mais tarde, no entanto, a Secretaria de Segurança Pública do estado voltou atrás e informou que Guaranho estaria vivo e internado em estado grave.
Em nota, o PT atribuiu o episódio ao clima de ódio espalhado por Bolsonaro entre seus apoiadores. Lula também se pronunciou lamentando o ocorrido e atribuiu o fato ao mesmo motivador. A prefeitura da cidade também manifestou pesar.
Relacionadas
CartaExpressa
Haddad: troca na presidência da Petrobras é natural e foi uma decisão de Lula
Por CartaCapitalCartaExpressa
Governo Lula antecipa o Bolsa Família para gaúchos e paga R$ 416 milhões nesta sexta
Por CartaCapitalCartaExpressa
Bolsonaro recebe alta após 12 dias internado
Por CartaCapitalCartaExpressa
Moraes tira da prisão coronel do Exército investigado por conspiração golpista
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.