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Secretário de Segurança de Foz do Iguaçu diz que assassinato de líder petista ‘pode ter sido intolerância política’

Segundo destacou Marcos Antonio Jahnke em entrevista à emissora de TV do Paraná, os indícios colhidos até o momento sustentariam sua afirmação

Secretário de Segurança de Foz do Iguaçu diz que assassinato de líder petista ‘pode ter sido intolerância política’
Secretário de Segurança de Foz do Iguaçu diz que assassinato de líder petista ‘pode ter sido intolerância política’
O guarda municipal Marcelo Arruda foi morto com dois tiros à queima roupa, enquanto comemorava seus 50 anos. Foto: Reprodução Facebook
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O secretário de Segurança Pública de Foz do Iguaçu (PR), Marcos Antonio Jahnke, afirmou neste domingo 10 que os indícios colhidos até o momento apontam que a morte de Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do PT na cidade, foi causada por ‘intolerância política’. O homem foi assassinado a tiros por um bolsonarista quando comemorava seu aniversário com a temática do ex-presidente Lula (PT).

“Pelo que a gente percebeu foi uma intolerância política”, disse o secretário em entrevista à emissora de TV do Paraná. O gestor da pasta disse ainda que o caso será melhor apurado pela Polícia Civil, que prometeu uma coletiva para o fim do dia.

Ainda no início da tarde deste domingo, a Polícia Civil confirmou que o homem que atirou contra Marcelo Arruda é o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho. O boletim de ocorrência também cita os gritos de ‘é Bolsonaro’ dados pelo atirador antes do ataque e sustenta o depoimento das testemunhas até então.

Arruda era guarda da cidade e ocupava o cargo de tesoureiro do PT. Ele chegou a concorrer ao cargo de vice-prefeito em 2020 por indicação do partido. Ele também ocupava o posto de diretor do Sindicato dos Servidores Públicos de Foz do Iguaçu. Ele deixa a esposa e quatro filhos, entre eles, um bebê de apenas um mês.

Antes de ser morto, ele comemorava seu aniversário de 50 anos quando teria sido surpreendido pelo ataque a tiros do homem desconhecido. A temática da festa, o PT e Lula, teria sido o motivador do ataque feito pelo policial penal, um apoiador de Jair Bolsonaro (PL). A informação inicial divulgada pela Polícia Civil era de que ele também teria morrido no local após ser atingido por tiros de revide. Mais tarde, no entanto, a Secretaria de Segurança Pública do estado voltou atrás e informou que Guaranho estaria vivo e internado em estado grave.

Em nota, o PT atribuiu o episódio ao clima de ódio espalhado por Bolsonaro entre seus apoiadores. Lula também se pronunciou lamentando o ocorrido e atribuiu o fato ao mesmo motivador. A prefeitura da cidade também manifestou pesar.

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