Política

‘Mamãe, fui cassado’: Deputadas reagem à derrota de Arthur do Val na Alesp

O agora ex-deputado foi alvo de 21 representações após a divulgação de áudios sexistas contra mulheres refugiadas ucranianas

Créditos: Reprodução Redes Sociais
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A cassação do ex-deputado Arthur do Val, aprovada por unanimidade entre os 73 presentes na Assembleia Legislativa de São Paulo nesta terça-feira 17, foi comemorada por lideranças políticas femininas. Parlamentares destacaram a importância da decisão na luta contra o machismo nas casas legislativas, ainda compostas majoritariamente por homens.

A deputada estadual Isa Penna (PCdoB) destacou que “dessa vez, a Alesp deu um recado à altura”. “Não esqueça: o machismo pode te fazer perder o mandato! Tchau, querido”, escreveu a parlamentar, que ainda criticou o fato de a Assembleia Legislativa ter determinado apenas afastamento de 180 dias do deputado estadual Fernando Cury, que a assediou no plenário da Casa em dezembro de 2020. O caso segue na Justiça.

A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) destacou que a cassação foi uma ‘lição para os machistas q pensam poder se safar de seus malfeitos’. A parlamentar ainda lembrou que Do Val chegou a renunciar ao cargo, em abril, para tentar evitar que o caso fosse julgado em plenário.

A tentativa de manobra do agora ex-deputado também foi lembrada por Manuela D’Ávila (PCdoB), que escreveu nas redes: “Mamãe fui cassado. A Alesp acaba de cassar o mandato de Arthur do Val. Apesar da covardia da renúncia, com a cassação, ele se torna inelegível por 8 anos. A política não pode ser espaço para machistas e misóginos”.

A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) considerou “um dia de vitória para todas as mulheres”. “Não passarão! Vai chegar a hora de todos eles!”, acrescentou.

A cassação de Do Val significa que ele perderá os direitos políticos por oito anos, com base na Lei da Ficha Limpa. “Mamãe Falei” é o primeiro deputado cassado pela Alesp em mais de 23 anos.

Do Val foi alvo de 21 representações pedindo a cassação por quebra de decoro parlamentar, após a divulgação de áudios sexistas contra mulheres refugiadas ucranianas.

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