Política
‘Vou transformar o BNDES em um grande banco de investimento para pequenas e médias empresas’, diz Lula
Em entrevista, o pré-candidato à Presidência afirmou querer incentivar o empreendedorismo no País


Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à Presidência da República, falou sobre algumas propostas caso eleito. Entre elas, o petista afirmou que mudará o posicionamento do Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“Não dá para ser um país capitalista sem capital”, disse Lula em entrevista à Rádio Jornal, nesta sexta-feira 29.
O principal objetivo, disse, é transformar o BNDES em um grande banco de investimento para pequenas e médias empresas.
“Eu vou transformar o BNDES num grande banco de investimentos para pequenas e médias empresas brasileiras. Vamos incentivar o empreendedorismo neste país. Quem quiser fazer algo por conta própria, poderá ir ao banco público arrumar dinheiro para começar seu negócio. Este país não pode ser capitalista sem capital, sem crédito. O papel do Estado é garantir que as pessoas que desejam progredir possam, porque o Estado vai ajudar.”
O petista também foi questionado sobre como será montada a sua equipe de ministros para um terceiro mandato e se contaria com a ajuda de José Dirceu, José Genoíno e Dilma Rousseff.
Lula preferiu não citar sobre os nomes, reforçando que em 2013 apenas escolheu seus ministros após ter sido eleito.
Sobre Dilma, o petista afirmou que a ex-presidente será a sua aliada na campanha.
“Dilma será cabo eleitoral da minha campanha. Ela será minha companheira antes, durante e depois das eleições”, declarou.
O pré-candidato, líder das pesquisas, ainda criticou o governo do atual presidente Jair Bolsonaro, pontuando que o ex-capitão faz uma gestão irresponsável do País, deixando de lado os planos econômicos de crescimento, geração de renda e combate à fome, se dedicando apenas à agenda de privatização das empresas públicas.
Lula ainda reafirmou os baixos índices de insegurança alimentar nos governos petistas e traçou planos caso eleito.
“Nós sabemos como acabar com a fome. Vamos fazer uma reedição do que já fizemos e foi destruído”, disse.
Questionado sobre o fundo eleitoral, o ex-presidente ponderou que o financiamento público de campanha é benéfico para o País, combatendo a disparidade econômica e a corrupção constatada em doações privadas.
“Financiamento público é a forma mais decente de fazer campanha eleitoral no País. Quando as empresas podiam financiar livremente era muito pior para o Brasil”, concluiu apontando que o problema não está na distribuição de dinheiro para o processo eleitoral, e sim na destinação de verbas do orçamento secreto criado pelo governo Bolsonaro.
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