CartaExpressa
Em busca de apoio, Ciro diz que não há ‘nenhuma chance’ de se aliar a Lula: “É parte do principal problema”
O pedetista foi sabatinado pelo portal UOL nesta quarta-feira 20


Em busca de alianças que possam fortalecer sua candidatura na ala da ‘terceira via’, Ciro Gomes (PDT) reforçou que não se aliará à Lula para as eleições deste ano.
O pedetista também voltou a repetir as duras críticas que faz ao ex-presidente, responsabilizando Lula e o PT da ascensão de Bolsonaro.
“Lula hoje é parte central do problema brasileiro. A despolitização, a falta de humildade, o não aprendizado com os erros”, afirmou o pré-candidato, em entrevista ao UOL nesta quarta-feira 20, “No ano seguinte do golpe, Lula estava abraçado com os promotores desse mesmo golpe. Um escândalo de corrupção generalizado.”
Ciro comentou ainda o resultado das pesquisas, que o colocam em um distante terceiro lugar. Segundo ele, as porcentagens de intenção de votos em Lula e Bolsonaro são um resultado da rejeição entre ambos.
“Dos 45 pontos que o Lula tem nas pesquisas, não menos do que 17% tem por único motivo para votar no Lula é que ele é o cara que vai derrotar o Bolsonaro”, avaliou.
Já sobre a pontuação do atual presidente, o pedetista aposta que pelo menos 7% das intenções de voto seriam motivadas pelo sentimento de “já venceu” do PT, que traz de volta o movimento do antipetismo.
Questionado sobre possíveis alianças para concorrer à Presidência, Ciro afirmou que está em conversas com o União Brasil e com o PSD.
“Dialogar é fundamental, mas a minha posição para dialogar era não ter um inimigo da República a mesa, isso está superado. Agora nós temos que entender qual é o sentido desse diálogo”, disse.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

‘Apoio não se discute, se aceita’, diz o presidente do PDT sobre diálogo para ter UB, MDB e PSDB com Ciro
Por Leonardo Miazzo
Após saída de Moro, Ciro diz que única restrição para negociar com 3ª via está superada
Por Agência O Globo