Política
‘Apoio não se discute, se aceita’, diz o presidente do PDT sobre diálogo para ter UB, MDB e PSDB com Ciro
A CartaCapital, Carlos Lupi reforçou que o PDT não considera a possibilidade de abrir mão da cabeça de chapa para as eleições presidenciais
O presidente do PDT, Carlos Lupi, disse nesta terça-feira 19 que a saída de Sergio Moro (União Brasil) da corrida presidencial retira a última barreira para o diálogo entre Ciro Gomes (PDT) e os partidos da terceira via.
A tendência é de intensificação das conversas entre o PDT e outros partidos do grupo que tentam se tornar competitivo para a eleição, como o MDB de Simone Tebet, o União Brasil de Luciano Bivar e o PSDB de João Doria. A CartaCapital, Lupi disse não rejeitar uma aliança com essas siglas.
“Eu sou getulista. Apoio não se discute, se aceita”, afirmou o presidente pedetista. “Se você encontrar algum candidato que rejeite voto, me avise, que eu nunca encontrei. Voto se aceita. Se quiserem apoiar o Ciro, serão muito bem-vindos.”
Partidos como PSDB, Cidadania, MDB e União Brasil estabeleceram 18 de maio como data-limite para o lançamento de um pré-candidato “de consenso” da terceira via. Lupi, porém, diz acreditar que as legendas adiarão a decisão para julho, durante as convenções partidárias.
Embora admita o diálogo com outras legendas, o PDT não considera a possibilidade de abrir mão da cabeça de chapa, sob o argumento de que Ciro mantém os índices de 2018 e resiste a diversos potenciais candidatos já testados, como Luciano Huck, Rodrigo Pacheco, Eduardo Leite e o próprio Moro.
“Por que a gente vai largar agora para quem tem 2 ou 3%?”, disse Lupi à reportagem.
Na última pesquisa Datafolha, do fim de março, Tebet marcava 1%, ao lado de Felipe D’Ávila (Novo) e Vera Lúcia (PSTU). Estava atrás de Doria, com 2%, André Janones (Avante), com 2%, e Ciro, com 6%. No cenário em que Leite entra no lugar de Doria, o gaúcho soma 1%.
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