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Deputados vão ao MPF e cobram investigação sobre a compra de Viagra pelas Forças Armadas

Marcelo Freixo e Elias Vaz apontam desvio de finalidade e violação ao princípio da economicidade

O presidente Jair Bolsonaro, durante solenidade do Exército em 2019. Foto: Marcos Corrêa/PR
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Os deputados federais Marcelo Freixo (PSB-RJ) e Elias Vaz (PSB-GO) encaminharam uma representação ao Ministério Público Federal nesta segunda-feira 11 solicitando investigação sobre a compra de 35 mil comprimidos de Viagra pelas Forças Armadas.

No documento, os parlamentares destacam que entre 2020 e 2021, período em que houve a compra do medicamento, o País passava pela pior pandemia já registrada. “Diversos foram os casos de falta de oxigênio e insumos para o tratamento de Covid-19, além do atraso na aquisição de vacinas, levando milhares de pessoas a óbito. Mas no mesmo período, não faltou Viagra para os militares da Aeronáutica, da Marinha e do Exército.”

Os parlamentares também afirmam que os medicamentos teriam sido adquiridos com superfaturamento de até 143%.

Ao fundamentarem o pedido de investigação, Freixo e Vaz apontaram desvio de finalidade no ato das Forças Armadas, por sobreposição ao interesse público e violação ao princípio da economicidade. com a prática de preços acima dos normalmente cobrados.

Nesta segunda-feira, Vaz também protocolou um requerimento de informações para que o Ministério da Defesa esclareça a aquisição do Viagra.

Dados do Portal da Transparência e do Painel de Preços do governo federal apontam que a maioria dos comprimidos foi destinada à Marinha – cerca de 27 mil unidades.

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