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No cercadinho, Bolsonaro se irrita com apoiador: ‘Se não sou eu, esse Brasil tava uma desgraça’
Aos apoiadores, presidente também defendeu abertamente o golpe militar de 1964
Ao chegar no cercadinho em Brasília nesta quinta-feira 31, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi questionado por um apoiador sobre os pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal feitos pelo caminhoneiro Zé Trovão em setembro do ano passado. Antes mesmo do homem concluir a pergunta, o ex-capitão o interrompeu pedindo que ele nem continuasse a tratar do assunto.
“Não vamos discutir esse assunto aqui!”, disse. “Não temos que discutir esse assunto aqui, você entendeu o recado? Venho pra conversar com a população, não venho pra tratar de política aqui, nem de questões nacionais, tá certo?”, acrescentou em meio a insistência do homem.
Ainda visivelmente irritado, Bolsonaro se direcionou novamente ao apoiador e então disparou: “Se não sou eu, esse Brasil tava (sic) uma desgraça!”. Já diante de outra eleitora que pedia uma foto, lamentou o ocorrido: “O cara não sabe como a barra é pesada e quer ficar discutindo abobrinha. Não vem com esse papinho, vai com a conversa mole pra lá.”
Passados alguns minutos e já livre dos questionamentos do apoiador, que foi hostilizado pelos colegas de cercadinho e aparentemente deixou o local, Bolsonaro passou então a defender o golpe militar.
“Se perguntar para estudantes e para muitos de vocês: já que houve golpe, quem foi que assumiu dia 31 de março? Ninguém vai saber, ninguém sabe. Não sabem porque mentem o tempo todo [sobre o assunto]”, disse.
Na conversa, ao saber que recebeu um livro de presente, voltou a dizer que não lê mais há três anos, desde que chegou à Presidência. Ao tratar do assunto, ironizou a passagem de Fernando Henrique Cardoso pelo Planalto.
“Eu não sei como…não vou falar o nome aqui…um ex-presidente…não é esse que é analfabeto não, é o outro, tido como culto…diz que lia e escrevia livro. O que esse cara fazia? Dá tempo de ser presidente e ainda ler e escrever?”, questionou.
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