Política
Opção da terceira via, Leite deixa legado privatista desastroso no Rio Grande do Sul
Governador é visto como uma espécie de Paulo Guedes dos Pampas
De malas prontas, o governador gaúcho Eduardo Leite está a um passo de deixar o PSDB e migrar para o PSD de Gilberto Kassab. Derrotado nas prévias tucanas por João Doria, ele ainda sonha com a possibilidade de disputar a Presidência da República por um partido bem estruturado. Caso levasse em conta apenas a identificação programática, seu destino natural provavelmente seria o Novo, privatista até a medula.
Em sua sanha antiestatal, Leite entregou a Companhia Estadual de Energia Elétrica por míseros 100 mil reais, valor médio de dois carros populares, mais o repasse das dívidas da empresa. A Companhia de Gás do Estado foi rifada, sem concorrência, pelo preço mínimo de 927,8 milhões de reais. Um ano antes da venda, a Sulgás obteve um lucro de 79,4 milhões de reais, além de realizar investimentos da ordem de 41,5 milhões. Agora, insiste em leiloar a Corsan, a companhia de saneamento do Estado.
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