Justiça

Justiça Eleitoral arquiva inquérito contra Alckmin sobre suposto caixa dois

Jornal havia revelado delação premiada que acusava o provável vice de Lula; Alckmin lamentou que ‘o noticiário seja ocupado por versões irresponsáveis’

Justiça Eleitoral arquiva inquérito contra Alckmin sobre suposto caixa dois
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Imagem: GOVSP
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A Justiça Eleitoral de São Paulo determinou o arquivamento de inquérito sobre suspeita de caixa dois contra o ex-governador Geraldo Alckmin, provável vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano. As investigações se desenvolveram a partir de uma delação premiada que acusava o ex-tucano.

Segundo decisão do juiz Emilio Migliano Neto, o Ministério Público Eleitoral opinou pelo arquivamento do inquérito “devido ao esgotamento da atividade investigativa e diante do transcurso de largo período de tempo entre os fatos e a presente data”. A determinação foi assinada em 10 de março e se refere às campanhas eleitorais de 2002, 2006, 2010 e 2014.

Na quarta-feira 15, o jornal Folha de S. Paulo revelou que Marcelino Rafart de Seras, ex-presidente da Ecovias, disse em delação à Polícia Federal em 2020 que teria pago 3 milhões de reais em caixa dois a Alckmin.

Como de praxe desde o advento da Lava Jato, não houve a publicação da íntegra do acordo de colaboração premiada. Conforme os trechos divulgados, o empresário alegou ter pago 1 milhão de reais na eleição paulista de 2010 e 2 milhões de reais na eleição de 2014, dois pleitos dos quais Alckmin saiu vencedor.

O ex-governador nega as supostas irregularidades. Em nota nas redes sociais, disse que não conhece os termos da colaboração premiada, mas que a versão divulgada não seria a verdadeira.

Afirmou ainda que as suas campanhas eleitorais jamais receberam doações ilegais ou não declaradas, e que todas as contas foram efetuadas sob fiscalização da Justiça Eleitoral e do Ministério Público.

O ex-tucano também disse que “lamenta que, depois de tantos anos, mas em novo ano eleitoral, o noticiário seja ocupado por versões irresponsáveis e acusações injustas”.

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