Política
Aras alega ter sido ‘mal compreendido’ ao dizer que mulheres têm o prazer de escolher a cor da unha
‘Apenas destaquei que é possível buscar qualquer posição, até o mais alto posto da República, sem abrir mão da sua feminilidade’, afirmou o PGR


O procurador-geral da República, Augusto Aras, divulgou um vídeo, nesta quarta-feira 9, para se defender das críticas que sofreu após discurso no Dia Internacional da Mulher. Na terça 8, Aras afirmou que as mulheres “têm o prazer de escolher a cor das unhas e o sapato que vão calçar”.
“Estou sendo mal compreendido (…) De forma alguma quis diminuir o papel que a mulher sempre teve em nossa sociedade, apenas destaquei que é possível buscar qualquer posição, até o mais alto posto da República, sem abrir mão da sua feminilidade”, diz o PGR na gravação.
“Se alguma mulher se sentiu ofendida ou desprestigiada, repito que não houve qualquer intenção de diminuir o papel da mulher e a importância dessas lutas (…) Sou implacável contra o preconceito.”
O chefe do Ministério Público Federal ainda afirmou que tem “muito o que avançar” e que os cargos mais altos do órgão são ocupados por mulheres.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

No Dia da Mulher, Damares e Michelle dizem que Bolsonaro faz ‘o governo mais cor de rosa do mundo’
Por Getulio Xavier
Orçamento para combate a violência contra a mulher em 2022 é o menor em 4 anos, aponta estudo
Por Marina Verenicz