Mundo

Ucrânia está disposta a discutir exigência de neutralidade, diz gabinete de Zelensky

Ihor Zhovka, vice-chefe de gabinete, afirmou, porém, que o país não entregará ‘um único centímetro’ de território à Rússia

Ucrânia está disposta a discutir exigência de neutralidade, diz gabinete de Zelensky
Ucrânia está disposta a discutir exigência de neutralidade, diz gabinete de Zelensky
Soldado ucraniano examina um veículo de infantaria russo destruído após combate em Kharkiv (Foto: Sergey BOBOK/AFP)
Apoie Siga-nos no

A Ucrânia está “pronta para uma solução diplomática” que encerre a operação militar deflagrada pela Rússia, afirmou Ihor Zhovka, vice-chefe de gabinete do presidente Volodymyr Zelensky.

Trata-se de uma nova indicação de que o governo ucraniano está disposto a discutir algumas das exigências apresentadas por Vladimir Putin. Em entrevista à agência Bloomberg, Zhovka disse que a Ucrânia está aberta à possibilidade de debater sua neutralidade – ou seja, a renúncia a qualquer ideia de aderir à União Europeia ou à aliança militar do Ocidente, a Otan.

Zhovka afirmou, porém, que o governo de Zelensky não entregará “um único centímetro” de território à Rússia. O Kremlin exige da Ucrânia o fim de ações militares; que mude sua Constituição a fim de garantir que não se juntará à UE e à Otan; que reconheça a Crimeia como território russo; e que reconheça Donetsk e Lugansk, no Donbass, como Estados independentes.

O assessor de Zelensky também pediu garantias de segurança “dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e da Alemanha”. Segundo ele, que não especificou a quais medidas se referia, “apenas garantias de segurança da Rússia não serão suficientes.

Ihor Zhovka sinalizou, por fim, que as condições da Ucrânia para avançar nas tratativas com Putin incluem um cessar-fogo e a retirada das tropas russas.

Nesta quarta-feira 9, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que Moscou não tem o objetivo de derrubar o governo de Zelensky.

Ela também disse que a operação na Ucrânia corre conforme o planejado e que a Rússia não ameaça a Otan, apenas reage aos “movimentos de confronto” da aliança militar.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo