CartaExpressa
‘Esquece esse troço’, diz Guedes ao rejeitar congelamento dos preços de combustíveis
O petróleo manteve nesta terça 8 a trajetória de alta, impulsionado pelo embargo à produção russa anunciado por Estados Unidos e Reino Unido


O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na noite desta terça-feira 8 que “não tem congelamento” dos preços de combustíveis.
O petróleo manteve a trajetória de alta, impulsionado pelo embargo à produção russa anunciado por Estados Unidos e Reino Unido. Em Londres, o preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em maio fechou em elevação de 3,87%, a 127,98 dólares. Enquanto isso, em Nova York, o barril de West Texas Intermediate para entrega em abril subiu 3,60%, a 123,70 dólares.
“Não tem congelamento. Esquece esse troço”, declarou Guedes a jornalistas ao deixar o Ministério da Economia.
Em reunião nesta terça no Palácio do Planalto, ministros do governo de Jair Bolsonaro avançaram nas negociações para criar um subsídio federal para segurar o preço dos combustíveis.
Números que circulam nesta semana no Palácio do Planalto apontam para um subsídio de três meses, que poderia custar cerca de 25 bilhões de reais, recursos necessários para manter o preço dos combustíveis no atual nível. Para isso, seria preciso editar um crédito extraordinário, fora do teto de gastos.
Apesar de a conversa ter durado toda a tarde, ainda não existe uma definição sobre o modelo a ser adotado pelo governo.
(Com informações da Agência O Globo)
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Aeronaves russas que cruzarem o céu do Reino Unido serão interceptadas, diz ministro britânico
Por CartaCapital
O que explica a divergência nos números de mortes divulgados por Rússia e Ucrânia?
Por CartaCapital
Rússia anuncia nova trégua humanitária na Ucrânia para esta quarta
Por AFP