Mundo
Bombardeio na cidade ucraniana de Sumy deixa nove mortos
Governo ucraniano acusa Moscou de quebrar garantias e não respeitar o ‘corredor humanitário’ para retirada dos civis
Ao menos nove pessoas, incluindo duas crianças, morreram na segunda-feira à noite em um bombardeio na cidade de Sumy, 350 km ao leste de Kiev, informaram nesta terça-feira os serviços de emergência ucranianos.
“Aviões inimigos atacaram de maneira insidiosa edifícios residenciais”, afirma uma mensagem publicada no Telegram pelos serviços de emergência, que chegaram ao local às 23H00 locais. Os socorristas encontraram os corpos de nove civis e conseguiram resgatar uma mulher dos escombros.
Sumy, perto da fronteira com a Rússia, é cenário de combates violentos há vários dias.
De acordo com a vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Vereshchuk, o ministério russo da Defesa se comprometeu em uma carta enviada à Cruz Vermelha a respeitar o corredor humanitário para a retirada de civis nesta terça-feira, com uma trégua das 9H00 às 21H00 locais (4H00 às 16H00 de Brasília). O primeiro comboio com civis deveria sair às 10H00 locais.
Mas logo em seguida, Vereshchuk denunciou uma violação das garantias.
“Temos informações de que o lado russo planeja perturbar este corredor e que há manipulações para obrigar as pessoas a seguir outro itinerário que não está coordenado (com os ucranianos) e é perigoso”, disse.
Também insistiu nos pedidos de corredores humanitários para retirar civis de outras cidades como Kiev, Kharkiv, Mariupol e Volnovakha e pediu a Moscou uma ‘coordenação urgente com os ucranianos” para garantir um cessar-fogo nestas regiões.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Ucrânia pede conversa direta entre Zelensky e Putin; Rússia anuncia corredores humanitários
Por CartaCapital
Rússia anuncia cessar-fogo para abertura de corredores humanitários nesta terça
Por CartaCapital



