Justiça
Stephen Breyer, juiz progressista da Suprema Corte dos EUA, vai se aposentar
A aposentadoria permitirá que o presidente Joe Biden escolha um sucessor e garanta que ele seja confirmado pelo Senado antes das eleições de meio de mandato
O juiz progressista da Suprema Corte dos Estados Unidos Stephen Breyer, de 83 anos, planeja deixar o cargo no final do atual mandato, ou seja, no fim de junho, informaram vários meios de comunicação americanos nesta quarta-feira 26.
O magistrado, que está na poderosa instituição há quase 28 anos, anunciará sua decisão à Casa Branca em breve, segundo fontes anônimas citadas pelas redes NBC e CNN e pela rádio NPR.
Sua aposentadoria permitirá que o presidente Joe Biden escolha um sucessor e garanta que ele seja confirmado pelo Senado antes das eleições de meio de mandato, marcadas para novembro, nas quais os democratas podem perder o controle da Câmara Alta. Atualmente, o tribunal é composto por seis juízes conservadores e três progressistas.
O presidente democrata prometeu que, se tivesse oportunidade, indicaria uma mulher negra para o Supremo. O nome da juíza Ketanji Brown Jackson, do tribunal federal de apelações de Washington, é um dos mais sondados para o cargo.
As nomeações para a Suprema Corte, que decide a maioria das principais questões sociais nos Estados Unidos, têm sido objeto de batalhas políticas há alguns anos.
Durante seu mandato, o republicano Donald Trump nomeou três juízes, de um total de nove, que ancoraram firmemente a instituição no conservadorismo. Sua influência é percebida desde setembro, com uma forte guinada para a direita.
O templo da lei invalidou a obrigatoriedade da vacinação em grandes empresas decretada por Biden e parece que vai reconsiderar o direito ao aborto e ampliar o direito ao porte de armas.
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