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MP da Bolívia investigará supostos voos irregulares de Jeanine Áñez ao Brasil

Segundo jornal argentino, Jair Bolsonaro admitiu ter se encontrado com a ex-presidenta da Bolívia

MP da Bolívia investigará supostos voos irregulares de Jeanine Áñez ao Brasil
MP da Bolívia investigará supostos voos irregulares de Jeanine Áñez ao Brasil
A ex-presidenta boliviana Jeanine Áñez. Foto: Reprodução/ONU
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O procurador-geral do Estado da Bolívia, Juan Lanchipa, anunciou o início de uma investigação sobre supostas viagens irregulares da ex-presidenta Jeanine Áñez ao Brasil para se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro.

A declaração de Lanchipa vem dias depois de o jornal argentino Pagina 12 noticiar que Bolsonaro teria admitido os encontros extraoficiais com Áñez.

“A ex-presidente da Bolívia Jeanine […] estive com ela uma vez, é uma pessoa simpática que está presa”, teria dito Bolsonaro, segundo o relato do diário de Buenos Aires. A publicação ainda afirma que alguns canais bolsonaristas no YouTube excluíram registros da declaração. Não há registro formal de encontro entre Bolsonaro e Áñez.

Lanchipa, então, comunicou na quarta-feira 19 que “vai se iniciar a investigação formal (…) desses voos que não estão contemplados pelo ordenamento legal”. A afirmação do procurador-geral ocorreu em uma coletiva de imprensa, segundo a emissora teleSUR.

O Ministério Público boliviano aguarda, de acordo com Lanchipa, o recebimento da documentação com informações sobre os voos. A primeira instância que o órgão acionará é a Direção Geral de Aeronáutica Civil.

Jeanine Áñez chegou ao poder e se manteve por cerca de um ano, após a vitória de Evo Morales em 2019 sofrer acusações de fraude. No entanto, em uma nova votação em 2020, Luís Arce, aliado de Morales, venceu nas urnas, o que, para especialistas, desmentiu a narrativa de irregularidades no pleito.

Como mostrou CartaCapital, houve relatos de hostilidade a observadores internacionais quando a eleição presidencial ocorreu. Segundo a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que foi ao país para acompanhar o pleito, o governo Áñez instaurou presença ostensiva de militares para intimidar a população.

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