Economia

Lula defende revogação da reforma trabalhista

Restituição dos direitos aos trabalhadores também foi defendida pela presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann

Lula defende revogação da reforma trabalhista
Lula defende revogação da reforma trabalhista
O EX-PRESIDENTE LULA. FOTO: NELSON ALMEIDA/AFP EX-PRESIDENTE LULA. (FOTO: NELSON ALMEIDA/AFP)
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A revogação da reforma trabalhista foi defendida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas redes sociais na terça-feira 4.

Ao compartilhar notícia de que a Espanha estaria revendo as mudanças na legislação trabalhista feitas em 2012, que precarizaram as relações e não criaram novos empregos, o petista celebrou a medida.

“É importante que os brasileiros acompanhem de perto o que está acontecendo na Reforma Trabalhista da Espanha, onde o presidente Pedro Sanchez está trabalhando para recuperar direitos dos trabalhadores”, escreveu.

No Brasil, a reforma trabalhista foi feita durante o governo Michel Temer (MDB), há cerca de quatro anos, e, ao contrário do que prometia, não chegou nem perto de criar milhões de empregos no País ou aumentar a renda dos trabalhadores.

Especialistas ouvidos recentemente por CartaCapital indicaram ainda que o novo modelo de relações de trabalho criou mais insegurança jurídica e enfraqueceu as negociações entre empresas e funcionários. Postos de trabalho com direitos históricos consolidados deram lugar a um modelo ‘pejotizado’ e cada vez mais precário e informal.

Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente do PT, também usou as redes para celebrar a mudança nas leis na Espanha e defender que o mesmo caminho seja adotado no Brasil pelo próximo presidente.

“Notícias alvissareiras desse período: Argentina revoga privatização de empresas de energia e Espanha reforma trabalhista que retirou direitos. A reforma espanhola serviu de modelo para a brasileira e ambas não criaram empregos, só precarizaram os direitos. Já temos o caminho”, destacou a parlamentar.

Ainda na terça-feira, Juliano Medeiros, presidente do PSOL, em entrevista a CartaCapital,
também se mostrou entusiasta da medida e afirmou ‘esperar que Lula assumisse a defesa da revogação das reformas’. Para ele, ‘a esquerda precisa começar a fazer compromissos claros com o enfrentamento ao establishment financeiro’, fato que começaria pela revisão das mudanças feitas por Temer no pós-golpe em 2016.

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