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MP e TCU investigam quanto Moro recebeu ao romper contrato com consultoria nos EUA
Atuação do ex-juiz está sob suspeita, já que teria trabalhado como consultor para empresa que condenou enquanto era magistrado
O Ministério Público quer acesso aos documentos que tratam do rompimento de Sergio Moro (Podemos) com a consultoria Alvarez & Marsal, para quem o ex-juiz trabalhou nos Estados Unidos após deixar o governo Jair Bolsonaro (PL). As informações são da coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
A intenção é compreender os termos da atuação do ex-juiz, sob suspeita de ter recebido para fornecer informações privilegiadas à consultoria. Moro, enquanto magistrado, julgou e condenou executivos da Odebrecht, clientes da consultoria no processo de recuperação judicial. O ex-ministro está na mira do TCU por um suposto conflito de interesse.
Para compreender, portanto, qual foi o papel de Moro no caso e se ele teria recebido pelas informações, o procurador Lucas Furtado pediu ao ministro Bruno Dantas, do TCU, que forneça as informações de todos valores envolvidos no rompimento de Moro com o escritório.
Dantas é quem apura o conflito de interesses na atuação de Moro e já declarou em outras ocasiões que a contratação do ex-juiz é ‘no mínimo peculiar e constrangedora’. A suspeita do recebimento de valores para fornecer informações privilegiadas também já havia sido levantada por ele.
Moro foi contratado pela Alvarez & Marsal em 2020 após deixar o governo e anunciado pela própria empresa como sócio-diretor de Disputas e Investigações. Poucos meses depois, em manifestação do escritório ao TCU, ele foi ‘rebaixado’ a apenas um ‘consultor sem salário’. Em outubro deste ano, para se dedicar a pré-campanha pelo Podemos, o contrato foi rompido.
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