Política

Doria manda indireta: Pessoa de alta popularidade terá capacidade de administrar o Brasil?

Tucano disse que ‘pesquisa e popularidade’ não são suficientes para escolher o nome da terceira via

Doria manda indireta: Pessoa de alta popularidade terá capacidade de administrar o Brasil?
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Foto: Rovena Rosa/EBR
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O governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência em 2022, João Doria, afirmou que uma união de candidaturas da chamada terceira via só será decidida em abril,  mas alertou que a definição não será apenas por ‘desempenho na pesquisa’ e ‘popularidade’ em referência ao ex-juiz Sergio Moro (Podemos). Os últimos levantamentos mostram o ex-ministro à frente do tucano nas intenções de voto.

“Qual seria o critério para definir quem encabeçaria essa terceira via? A meu ver, não será apenas a pontuação da pesquisa. Se a definição de pesquisa e popularidade fossem suficientes, talvez escolhêssemos alguém completamente fora da política, do mundo da televisão, do mundo das artes”, disse, indicando que não abrirá mão da sua candidatura com facilidade.

“Essa pessoa teria condições de fazer o enfrentamento em uma campanha com Lula e Bolsonaro? Vamos ter as mais sujas e sórdidas campanhas da História. A Justiça Eleitoral não terá capacidade de conter isso. E, se vencer, essa pessoa de alta popularidade terá capacidade de administrar o Brasil? De gerenciar um país arrasado pelo bolsonarismo?”, questionou o tucano ao alfinetar Moro.

Uma chapa entre os dois vem sendo aventada nos últimos dias. Doria, no entanto, disse que qualquer definição precipitada será ‘fracassada’ e que uma composição deve exigir ‘paciência e resiliência’.

O tucano também cobrou que os integrantes da terceira via não se ataquem e foquem esforços contra Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

“Nós não devemos nos atacar, nós temos que nos proteger. Aqueles que estão dentro desse campo devem evitar ataques entre si, porque senão nós nos autodestruiremos”, disse Doria ao jornal.

Na entrevista, o governador também criticou uma possível composição entre Lula e Geraldo Alckmin, que foi seu padrinho político no PSDB. “Lamento muito se essa for a opção dele. Estarei numa posição antagônica, e eu serei fortemente combativo a Lula e a Bolsonaro”, destacou.

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