Justiça

STF adia julgamento de Flávio Bolsonaro há 16 meses

Nesse período, filho do presidente acumulou vitórias nas ações que apuram as ‘rachadinhas’

STF adia julgamento de Flávio Bolsonaro há 16 meses
STF adia julgamento de Flávio Bolsonaro há 16 meses
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O Supremo Tribunal Federal adia há mais de 16 meses o julgamento que determinará qual instância da Justiça é competente para tramitar as investigações de ‘rachadinhas’ encomendo o filho do Presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro. 

Nesse mês de outubro, o STJ anulou as decisões proclamadas pela Justiça do Rio de Janeiro no caso em que se investiga o senador de liderar organização criminosa. Com a decisão, as provas produzidas neste período foram anuladas.  

A ação que discute qual o foro adequado para analisar os processos do filho do presidente chegou ao STF em 2020 e já teve seu julgamento adiado a pedido da defesa por duas vezes. 

Cabe ao presidente da Segunda Turma, Kassio Nunes Marques, indicado ao STF pelo Presidente Jair Bolsonaro e ao relator da ação, Gilmar Mendes, pautar o julgamento. 

Enquanto não há decisão do STF, a apuração segue no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. No entanto, os investigadores estão incertos sobre a continuidade dos trabalhos devido à ausência de decisão sobre a competência na Corte. 

A defesa do senador se baseia na tese do mandato cruzado, que entende que o foro por prerrogativa de função deva ser ampliado nos casos em que o político troca de cargo. 

Sendo assim, as ações que investigam Flávio por crimes cometidos durante o mandato de deputado, deveriam ser analisados pelo STF, dado que o investigado agora ocupa a cadeira de senador. 

A tese de defesa foi levantada após o Ministério Público do Rio de Janeiro ter supostamente reconhecido a atribuição do procurador-geral de Justiça, que atua na segunda instância, como responsável por outro caso que envolve o senador.

Para a defesa do senador, o reconhecimento pelo MP da atribuição da procuradoria-geral de Justiça para investigar e atuar nos feitos envolvendo o parlamentar esvaziou o objeto do processo em tramitação no Supremo.

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