Política
Intenção de voto em Bolsonaro despenca e Lula confirma favoritismo em 2022
Presidente vive seu pior momento nas pesquisas, caindo de 30% para quase 20% nas intenções de voto
O presidente Jair Bolsonaro vive seu pior momento nas pesquisas eleitorais da Genial/Quaest, despencando de cerca de 30% para apenas 21% nas intenções de voto. O novo levantamento foi divulgado nesta quarta-feira 10 e confirma a liderança de Lula (PT) para 2022, com 48%.
A pesquisa simulou dos cenários. No primeiro, com Lula, Bolsonaro, Ciro Gomes (PDT), Sergio Moro (Podemos), João Doria (PSDB), Rodrigo Pacheco (PSD) e Felipe d’Ávila (Novo). No segundo, Doria deu lugar a Eduardo Leite (PSDB).
Em ambos, Lula mantém intenção de 48% e varia para 47%, dentro da margem de erro e Bolsonaro marca 21%. Moro aparece como terceiro colocado com 8% das intenções de voto e Ciro varia entre 6% e 7%, também na margem de erro.
Entre Doria, Pacheco e Leite, o tucano paulista é o que vai melhor, ainda assim, não passa de 2%. O candidato do Novo, por sua vez, não pontuou. Brancos, nulos e indecisos somam 14%.
O pesquisador Felipe Nunes, responsável pelo levantamento, explica que, considerando a margem de erro de 2%, Lula mantém o patamar de 50% e Moro ‘vira esperança da terceira via’.
“Com ele [Moro] presente, Bolsonaro perde tração eleitoral e os candidatos do PSDB figuram em patamar abaixo de 2%”, escreve o pesquisador.
Segundo turno
As intenções de votos no segundo turno também foram medidas pela Genial/Quaest. Neste caso, Lula novamente vence todos os candidatos, sempre variando entre 57% e 59%. Entre os adversários do petista, Bolsonaro é o que performa melhor, com 27%, e Rodrigo Pacheco é o pior, com apenas 12%.
Moro teria 22% das intenções de voto, enquanto Ciro marcaria 20%. Doria e Leite ficam no mesmo patamar, o governador gaúcho soma 14% e o paulista chega a 13%.
Pesquisa espontânea
No levantamento espontâneo, aquele que não aponta uma lista de nomes, Lula tem um salto significativo, de 7 pontos percentuais desde a última pesquisa, deixando o patamar de 22% para chegar em 29%.
A indecisão recrudesceu consideravelmente no período, recuando 6 pontos percentuais. O grupo somava 55% e atualmente marca 49%.
Bolsonaro ficou estagnado em 16% e Ciro é o único outro nome apontado com maior relevância, tendo 1% das intenções de voto. Os demais candidatos, somados, chegam a 2%.
De acordo com Nunes, esse seria ‘melhor indicador de voto a essa altura da corrida presidencial’.
A pesquisa Genial/Quaest fez 2.063 entrevistas presenciais em 123 municípios nas cinco regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais o levantamento tem 95% de confiabilidade.
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