CartaExpressa

Sérgio Camargo diz que concorda com chibatadas como pena para pichação

A defesa da prática tortura foi feita em uma rede social

Sérgio Camargo diz que concorda com chibatadas como pena para pichação
Sérgio Camargo diz que concorda com chibatadas como pena para pichação
Sergio Camargo com retrato de Bolsonaro. Foto: Reprodução/Twitter
Apoie Siga-nos no

O bolsonarista Sérgio Camargo, presidente da Fundação Cultural Palmares, disse na terça-feira 9 estar ‘de acordo’ com chibatadas como forma de punir pichadores no Brasil.

A defesa da tortura foi feita em uma rede social como resposta a um comentário de uma seguidora que sugeriu a pena após Camargo reclamar dos muros de Santana, bairro na zona norte de São Paulo.

“De acordo, minha amiga Ester Sanches. Chibatadas e multa, como em Cingapura, seria uma solução”, respondeu Camargo, conforme registrou o jornal O Globo.

“Pichadores não são ‘artistas’, são vândalos e marginais. Agem incentivados pela esquerda, que tudo emporcalha e destrói”, acrescentou o presidente da fundação cultural.

Apesar das dezenas de polêmicas que já se envolveu, Camargo segue inabalável no cargo de presidente de uma das principais fundações culturais brasileiras.

Ele é acusado de praticar assédio moral e perseguição política contra servidores, motivo pelo qual foi afastado judicialmente da gestão de pessoas do local. Desde o dia 11 de outubro, o bolsonarista não pode nomear, exonerar e nem contratar terceirizados na Palmares.

Camargo também tentou ‘destruir’ parte considerável do acervo da fundação, considerada marxista pela sua avaliação. Impedido após ações da oposição, se limitou a criar ‘um acervo da vergonha’. Além disso, retirou nomes célebres da cultura negra da lista de personalidades da casa, como Martinho da Vila, Conceição Evaristo e Gilberto Gil. Após as reações, foi processado e também processou alguns dos nomes por racismo.

 

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo