Sociedade
Justiça autoriza a retomada de obras da Heineken onde ‘Luzia’ foi encontrada
A empresa optou, contudo, por manter a obra suspensa. Segundo o ICMBio, ainda há alto risco geológico no local
Decisão liminar da Justiça, concedida nesta quarta-feira 6, autorizou que a Heineken dê seguimento às obras de sua cervejaria em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Mesmo com aval da Justiça, a empresa informou que, por ora, optou por manter as obras suspensas.
A obra havia sido embargada em setembro pelo ICMBio. Segundo o órgão, o empreendimento causaria danos à área onde foi encontrado o fóssil humano mais antigo das Américas, conhecido como “Luzia”.
Ainda conforme o instituto, há alto risco geológico no local, “impossibilitando a instalação da fábrica sem aprofundamento dos estudos”.
O projeto prevê bombeamento de 150m³ de água por hora, o que causaria grande impacto nos lençóis freáticos e nas cavernas do Fedo, Cipó e Nei.
“O empreendimento fatalmente afetará a área de influência da caverna Lapa Vermelha”, diz o documento. O fóssil de “Luzia” foi encontrado na região da Lapa Vermelha.
A obra tem apoio do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Segundo ele, serão investidos R$ 1,8 bilhão. “Minas cresce! Anunciamos mais um megaempreendimento para o estado: o grupo Heineken vai construir uma nova fábrica no Estado”, disse ele na oportunidade.
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