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Argentina: Fernández convoca reunião na Casa Rosada após ministros pedirem demissão

Pedidos de desligamento se deram após derrota governista nas eleições primárias; presidente pede que não condenem o país ao retrocesso

O presidente da Argentina, Alberto Fernández. Foto: ESTEBAN COLLAZO/Argentina's Presidency
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O presidente da Argentina, Alberto Fernández, se reúne nesta quarta-feira 15 com seu chefe de gabinete, Santiago Cafiero, e outros membros de sua administração. Em pauta, os pedidos de demissão de cinco ministros, uma secretária e dois chefes de órgãos estatais, ligados à vice-presidenta, Cristina Fernández de Kirchner.

Apresentaram seus pedidos de desligamento ao presidente Eduardo de Pedro, ministro do Interior; Martín Soria, ministro da Justiça; Roberto Salvarezza, ministro de Ciência e Tecnologia; Juan Cabandié, ministro do Meio Ambiente; e Tristán Bauer, ministro da Cultura.

As possíveis demissões vêm na esteira de uma importante derrota sofrida pela coalizão Frente de Todos, de Alberto e Cristina, para oposicionistas da Juntos por el Cambio nas eleições primárias realizadas no último domingo 12. Na ocasião, foram escolhidos os candidatos que participarão do pleito legislativo nacional de 14 de novembro.

A aliança de oposição conquistou até uma improvável vitória na província de Buenos Aires, bastião histórico do peronismo e que reúne 40% dos eleitores do país. O triunfo se deu por 37,99% dos votos contra 33,64%.

A ministra de Segurança argentina, Sabina Frederic, é uma das participantes da reunião desta quarta. Pelas redes sociais, ela prestou apoio a Alberto Fernández, “síntese da unidade popular para construir o país que queremos”. Frederic ainda escreveu que a Frente de Todos “é a garantia para que a vontade do povo expressa em 2019 seja uma realidade”.

Segundo o jornal Pagina 12, de Buenos Aires, o ex-chefe de gabinete Aníbal Fernández, ligado a Cristina, também esteve na Casa Rosada, sede do governo federal. “Não há nenhuma crise política”, disse a jornalistas ao deixar o local.

Eduardo de Pedro foi o primeiro a colocar o cargo à disposição. “Ouvindo suas palavras na noite de domingo, quando levantou a necessidade de interpretar o veredito expresso pelo povo argentino, considerei que a melhor forma de colaborar com essa tarefa é colocando minha demissão à sua disposição”, escreveu em sua carta de demissão.

Na segunda-feira 13, Alberto Fernández afirmou, durante um evento, que o governo corrigirá o que fez de errado. “O que não fizemos, vamos fazer. Os erros que cometemos, não vamos cometer novamente. Mas, por favor, não condenem o país ao retrocesso”, pediu.

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