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Bolsonaro culpa distanciamento social pela inflação, ironiza Covid e diz que herdou ‘casa desarrumada’

‘Parece que só tem vírus, não tem mais nada. É igualzinho à política de ficar em casa’, disse o ex-capitão a apoiadores

Bolsonaro culpa distanciamento social pela inflação, ironiza Covid e diz que herdou ‘casa desarrumada’
Bolsonaro culpa distanciamento social pela inflação, ironiza Covid e diz que herdou ‘casa desarrumada’
O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução/Redes Sociais
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O presidente Jair Bolsonaro tentou se eximir da responsabilidade de seu governo pelo avanço da inflação no Brasil. Em contato com apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada na noite desta segunda-feira 13, culpou as medidas de distanciamento social pelo aumento dos preços e criticou gestões anteriores.

A uma apoiadora que se manifestou sobre a saúde no Rio de Janeiro, o ex-capitão disse que “o pessoal tem que entender que eu peguei uma casa completamente desarrumada”.

“Se eu for te falar como é a saúde no Rio você não vai acreditar. Um aparelhamento de pessoas, de leis, de tudo o que você imaginar”, declarou.

Na sequência, Bolsonaro emendou: “Você vê a saúde… Parece que só tem vírus no Brasil, não tem mais nada. É igualzinho à política do ‘fique em casa, a economia a gente vê depois’. Agora, vem a inflação e o pessoal me culpa. Quem foi favorável ao ‘fique em casa, a economia a gente vê depois’… Está aí a consequência”.

No encerramento de sua interação com os militantes bolsonaristas, o presidente ainda ironizou a presença do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em um ato contra o governo federal no último domingo 12. “Você viu o Doria dançando ontem? Que ridículo, né?”, finalizou.

A inflação medida pelo IPCA fechou o mês passado com um avanço de 0,87%, segundo levantamento divulgado pelo IBGE. Trata-se da maior taxa para um mês de agosto desde 2000. Em julho, o índice foi de 0,96%.

No acumulado de 12 meses, a inflação já chega a 9,68%, a mais alta desde fevereiro de 2016. Neste ano, o IPCA acumula elevação de 5,67%. O teto da meta de inflação estabelecido pelo governo Bolsonaro para 2021 é de 5,25%.

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