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Por vacinas, governo só agiu com rapidez ao ver oportunidade de lucro pessoal, diz Aziz

Para o presidente da CPI da Covid, indícios já confirmam que Bolsonaro prevaricou no caso Covaxin

Por vacinas, governo só agiu com rapidez ao ver oportunidade de lucro pessoal, diz Aziz
Por vacinas, governo só agiu com rapidez ao ver oportunidade de lucro pessoal, diz Aziz
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), avalia que o governo de Jair Bolsonaro negociou vacinas com intermediários porque, ao ver “oportunidade de ter algum lucro pessoal”, teve “todo o interesse, uma rapidez enorme”.

“Em relação à Pfizer, foram mais de 100 e-mails enviados ao Ministério da Saúde sem resposta. É complicado. Já a Covaxin, a primeira reunião ocorreu em novembro e, em fevereiro, já estavam fechando o contrato”, disse Aziz em entrevista ao jornal Correio Braziliense.

O parlamentar também afirmou que a comissão já tem indícios suficientes para confirmar que Bolsonaro cometeu o crime de prevaricação após ser alertado pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF) sobre indícios de fraude no contrato da Covaxin.

“Até hoje, o presidente não desmentiu o Luís Miranda. Ele cita até o nome do líder do governo [na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros], segundo o deputado, e o presidente não tomou nenhuma providência. E Barros continua sendo líder do presidente. Por que, se no dia 20 de março, no Palácio da Alvorada, você recebe um deputado e fala, segundo contou o parlamentar, que sabe quem está por trás disso, e mantém essa pessoa até hoje como líder? Eu não sei mais o que é prevaricar”, acrescentou.

A CPI volta do recesso na próxima terça-feira 3, com o depoimento do reverendo Amilton Gomes de Paula, apontado por representantes da Davati Medical Supply como um “intermediador” entre o governo federal e empresas que ofereciam vacinas.

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