Política

Na CPI, Barra Torres defende decisão da Anvisa contra a importação da Sputnik V

O presidente da agência, no entanto, declarou que o entendimento não é definitivo e pediu novos documentos

O Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Antonio Barra Torres. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Antonio Barra Torres, defendeu em depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira 11 a decisão do órgão de não autorizar a importação da vacina russa Sputnik V.

Ele, no entanto, destacou que o entendimento formado na Anvisa sobre o imunizante não é definitivo – ou seja, pode ser revertido mediante o envio de novos documentos pela União Química, que pretende produzir a vacina no Brasil.

“É muito importante que se entenda que esse processo que fizemos de interrupção ou de negativa da autorização excepcional de importação não deve somar a essa marca Sputnik V nenhum pensamento negativo”, afirmou Barra Torres. “Isso faz parte do processo”.

Questionado sobre a pressão que recebe pela aprovação ou pela reprovação da vacina russa, o presidente da Anvisa citou a “pressão que está na mídia”.

“É essa que nós recebemos todos os dias. Não é da mídia, mas por meio da mídia. Acho que todos nós temos assistido aos telejornais em que os agentes públicos desejosos de atender bem a sua população têm cobrado e feito acionamentos judiciais”, explicou. “A pressão que há é essa: ostensiva, pública e eu não vejo nada demais nisso”.

Ao rejeitar o pedido de importação da Sputnik V em abril, a Anvisa indicou a ausência de elementos técnicos que comprovassem que o adenovírus presente no imunizante não teria capacidade de se reproduzir e oferecer riscos aos brasileiros.

Questionado pelo relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), se houve “preciosismo” da agência ao negar o aval à Sputnik, Barra Torres negou.

O presidente da Anvisa ainda garantiu não ter recebido qualquer pressão do presidente Jair Bolsonaro em relação ao imunizante russo.

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