Política

PSOL vai à PGR e pede o impeachment de Ernesto Araújo

O povo anseia por vacinação, mas o chanceler conduz o País a um total isolamento e ataca esforços de cooperação internacional, diz a sigla

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Foto: Marcos Corrêa/PR
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A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados acionou a Procuradoria-Geral da República contra o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. A sigla o acusa de cometer crime de responsabilidade e defende o seu impeachment.

O partido sustenta que, enquanto a população anseia por um programa de vacinação em massa, o chanceler conduz o País a um total isolamento, “atacando esforços de cooperação internacional multilateral de enfrentamento à pandemia e prejudicando relações bilaterais fundamentais para a compra e produção de vacinas”.

O PSOL cita, por exemplo, violentos ataques de Araújo à Organização Mundial da Saúde e à China. “Na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, a cruzada contra o multilateralismo de Araújo também se manifesta. Em abril de 2020, o Brasil esteve entre os poucos países que não participaram da adoção de uma resolução, apoiada por 179 países, demandando uma ação global para acelerar rapidamente o desenvolvimento, a produção e o acesso a remédios, vacinas e equipamentos médicos frente ao novo coronavírus”, diz trecho do documento.

“Cumpre ressaltar que Ministro não apenas tem mentido e disseminado informações falsas acerca da pandemia, como conduz a política externa brasileira ao desastre por pautá-la a partir de teorias conspiratórias contra o ‘globalismo’ e o ‘ComunaVírus’, argumenta o PSOL.

A representação do partido também cita a disseminação de notícias falsas por parte do chanceler sobre o combate à Covid-19 no Brasil, como, por exemplo, a de que o Supremo Tribunal Federal teria retirado o poder do governo federal e dado total autonomia a estados e municípios. Essa afirmação mentirosa é recorrente no bolsonarismo.

“Resta inequívoco, portanto, tendo em vista que a verdade, a ética e a moralidade devem caminhar juntas no modus operandi do agente administrativo, que o Ministro Ernesto Araújo, ao mentir sobre questões de saúde e ciência – apenas para adequar a realidade aos seus conceitos ideológicos – violou o princípio administrativo da moralidade”, critica o PSOL.

Entre as medidas demandadas pela sigla à PGR estão uma investigação contra Araújo por crime de responsabilidade, a “avaliação de medidas urgentes no sentido de afastar” o chanceler do cargo e “a devida abertura do processo de impedimento perante o Supremo Tribunal Federal pelos crimes de responsabilidade puníveis com impeachment”.

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