Justiça

Fachin determina que Justiça analise ação de Lula contra provas da Odebrecht

Os advogados do ex-presidente afirmam que a perícia no material da empreiteira mostrou que houve vícios processuais

Fachin determina que Justiça analise ação de Lula contra provas da Odebrecht
Fachin determina que Justiça analise ação de Lula contra provas da Odebrecht
Ministro Edson Fachin. Foto: Nelson Jr./STF
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O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Justiça do Paraná analise um recurso da defesa do ex-presidente Lula, que questiona o uso de provas obtidas a partir de perícia em sistema da Odebrecht em uma ação penal contra o petista. A informação é do G1.

Os advogados de Lula afirmam que a perícia no material da empreiteira mostrou que houve vícios processuais especialmente nos procedimentos de cooperação internacional para a transmissão das provas extraídas dos sistemas de contabilidade da Odebrecht e que foram utilizadas na ação penal contra o petista.

Fachin entendeu que é direito dos advogados utilizar o material da perícia para discutir a legalidade da prova.

De acordo com o ministro, “impõe-se assegurar o direito defensivo em fazer o efetivo uso desses elementos de prova, porque inéditos, uma vez obtidos apenas por autorização do Supremo Tribunal Federal, por intermédio do meio processual cabível e que melhor lhe aprouver”.

Tribunal mantém suspenção da ação

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) decidiu manter suspensa a ação penal em que Lula é acusado pela força-tarefa de receber R$ 12 milhões em propinas da Odebrecht.

Em julgamento telepresencial nesta quarta-feira, 24, a 8ª Turma atendeu parcialmente a um habeas corpus apresentado pela defesa do petista. Além do desembargador federal João Pedro Gebran Neto relator dos processos abertos na esteira da Lava Jato, votaram pela suspensão o juiz federal Marcelo Cardozo da Silva e o desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz.

Em dezembro de 2020, durante o plantão judiciário, o vice-presidente do tribunal, desembargador federal Luís Alberto D’Azevedo Aurvalle, já havia travado o processo. A decisão liminar foi submetida para referendo do plenário na quarta.

No recurso, os advogados do ex-presidente argumentaram que não tiveram acesso à íntegra da documentação que embasa a denúncia e por isso, os prazos da ação em curso na 13ª Vara Federal de Curitiba deveriam ser suspensos.

Desde que foi aberto, o processo por lavagem de dinheiro já entrou duas vezes na fase das alegações finais, a última antes de o juiz proferir a sentença. Além de Lula, são réus na mesma ação o ex-ministro Antônio Palocci e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.

(Com informações da Agência Estado)

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