Sociedade

Petroleiros da Bahia suspendem greve contra venda de refinaria

Segundo sindicato, Petrobras notificou categoria com desejo de reabrir negociações

Petroleiros da Bahia suspendem greve contra venda de refinaria
Petroleiros da Bahia suspendem greve contra venda de refinaria
Petroleiros protestaram contra venda de refinaria pela metade do preço. Foto: Pedro Henrique Caldas/Sindipetro Bahia
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Petroleiros da Bahia anunciaram suspensão na greve após a Petrobras sinalizar desejo de reabrir negociações com a categoria. Profissionais protestam contra a venda da refinaria Landulpho Alves para a Mubadala Capital, de Abu Dhabi.

 

A greve foi iniciada nesta quinta-feira 18 e teve a adesão de pelo menos mil trabalhadores, segundo a Federação Única dos Petroleiros. Eles realizaram uma manifestação em frente à refinaria. Segundo o Sindicato dos Petroleiros da Bahia, durante o ato, a direção da Petrobras enviou notificação para reabrir o diálogo.

O Sindipetro informou que foi aconselhado por sua assessoria jurídica a suspender a greve, porque o movimento somente é considerado legal quando há um “impasse negocial”. O estado de greve, no entanto, segue mantido.

“A depender dos avanços nas negociações, o Sindipetro vai definir posteriormente se a greve será retomada, ou não”, disse a entidade, em nota.

Os petroleiros reclamam de pendências trabalhistas na transação, que envolvem prazos, critérios e prioridades nas transferências de trabalhadores, regras de indenização, entre outras pautas.

Primeira refinaria de petróleo no Brasil, fundada em 1950, a Landulpho Alves está sendo vendida pela metade do preço, segundo apontou o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Naturais e Biocombustíveis. O valor real está avaliado entre 3 e 4 bilhões de dólares, ao câmbio atual, enquanto a refinaria está sendo vendida a 1,6 bilhão.

Outras sete refinarias foram colocadas à venda em abril de 2019, primeiro ano de mandato do presidente Jair Bolsonaro. Segundo a Petrobras, seis processos “competitivos” de venda estão em curso em outros estados.

Procurada, a Petrobras ainda não se manifestou.

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