Política

‘No Brasil não existe racismo’, diz Mourão

‘Isso é uma coisa que querem importar aqui’, disse o vice-presidente ao ser questionado sobre morte de homem negro em Porto Alegre

‘No Brasil não existe racismo’, diz Mourão
‘No Brasil não existe racismo’, diz Mourão
O Vice-presidente Hamilton Mourão. Foto: Marcos Corrêa/PR
Apoie Siga-nos no

O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta sexta-feira 20, Dia da Consciência Negra, que a morte de João Alberto Silveira Freitas, um homem negro, por dois seguranças brancos em uma loja da rede Carrefour em Porto Alegre (RS), não representa um ato de racismo. Mais do que isso: para Mourão, não há racismo no Brasil.

“Lamentável. A princípio, a segurança (estava) totalmente despreparada para a atividade que tem que fazer”, disse o vice-presidente na chegada ao Palácio do Planalto. Questionado, no entanto, se o episódio foi um ato de racismo, ele negou.

“Não. Para mim, no Brasil não existe racismo. Isso é uma coisa que querem importar aqui para o Brasil, não existe aqui”, declarou.

“Eu digo para você com toda tranquilidade: não tem racismo. Eu digo isso para vocês porque eu morei nos Estados Unidos. Racismo tem lá. Eu morei dois anos nos Estados Unidos. Na minha escola, que eu morei lá, o pessoal de cor, ele andava separado. Eu nunca tinha visto isso aqui no Brasil”, prosseguiu Mourão.

“Mais ainda: o pessoal de cor sentava atrás do ônibus, não sentava na frente do ônibus. Isso é racismo, aqui não existe isso. Aqui você pode pegar e dizer o seguinte: existe desigualdade. Isso é uma coisa que existe no nosso país”, finalizou o vice-presidente.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo