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Evo Morales quer voltar para Bolívia no mesmo dia em que partiu

Aliados planejam retorno simbólico do ex-presidente na mesma data em que Evo teve que fugir do país

Evo Morales quer voltar para Bolívia no mesmo dia em que partiu
Evo Morales quer voltar para Bolívia no mesmo dia em que partiu
Justiça boliviana rejeita demanda para inabilitar partido de Evo Morales. (Foto: CLAUDIO CRUZ / AFP)
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O ex-presidente da Bolívia Evo Morales irá retornar ao seu país após a posse de Luis Arce, seu aliado de partido e presidente eleito nas últimas eleições.

Arce irá assumir a presidência no dia 9 de novembro. Exilado na Argentina após fugir da Bolívia acusando os militares de um golpe de estado, Morales deve entrar no país por terra, passar dois dias por diversos povoados do sul e chegar à zona cocaleira de Cochabamba, no centro do país, em 11 de novembro – mesmo dia em que ele deixou o país.

Os planos foram detalhados por Andrónico Rodríguez, senador eleito pelo MAS (Movimento ao Socialismo, partido de Evo e Arce). De acordo com o jornal El País, pesa no momento o simbolismo de Evo voltar ao país no mesmo 11 de novembro. Há s

“Há várias propostas. Os movimentos sociais estão debatendo e possivelmente meu retorno será no dia 9, de La Quiaca (Argentina) a Villazón (Bolívia)”, comentou Morales nesta terça-feira, durante um programa especial pelo 10º aniversário da morte do ex-presidente argentino Néstor Kirchner.

Nas redes sociais, Evo ainda não confirmu a data do retorno, mas acena para um movimento de reunião após a retomada do MAS ao poder e à vitória de diversos parlamentares do partido na casa legislativa boliviana.
“Nossa querida Bolívia precisa de um grande reencontro entre todas e todos. Paz para sair da crise”, escreveu, acrescentando que não há planos de “rancor ou vingança”.

Na segunda-feira 26, a justiça boliviana anulou a ordem de detenção contra Evo Morales por supostos crimes de terrorismo.

A ordem de detenção contra o ex-presidente, exilado na Argentina, foi suspensa porque “seus direitos foram desrespeitados, basicamente o direito à defesa, pois o ex-presidente não foi devidamente convocado”, disse Quino, presidente do Tribunal Departamental de Justiça de La Paz, à emissora Unitel.

*Com informações da AFP

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