Mundo
Evo Morales quer voltar para Bolívia no mesmo dia em que partiu
Aliados planejam retorno simbólico do ex-presidente na mesma data em que Evo teve que fugir do país
O ex-presidente da Bolívia Evo Morales irá retornar ao seu país após a posse de Luis Arce, seu aliado de partido e presidente eleito nas últimas eleições.
Arce irá assumir a presidência no dia 9 de novembro. Exilado na Argentina após fugir da Bolívia acusando os militares de um golpe de estado, Morales deve entrar no país por terra, passar dois dias por diversos povoados do sul e chegar à zona cocaleira de Cochabamba, no centro do país, em 11 de novembro – mesmo dia em que ele deixou o país.
Os planos foram detalhados por Andrónico Rodríguez, senador eleito pelo MAS (Movimento ao Socialismo, partido de Evo e Arce). De acordo com o jornal El País, pesa no momento o simbolismo de Evo voltar ao país no mesmo 11 de novembro. Há s
“Há várias propostas. Os movimentos sociais estão debatendo e possivelmente meu retorno será no dia 9, de La Quiaca (Argentina) a Villazón (Bolívia)”, comentou Morales nesta terça-feira, durante um programa especial pelo 10º aniversário da morte do ex-presidente argentino Néstor Kirchner.
Nas redes sociais, Evo ainda não confirmu a data do retorno, mas acena para um movimento de reunião após a retomada do MAS ao poder e à vitória de diversos parlamentares do partido na casa legislativa boliviana.
“Nossa querida Bolívia precisa de um grande reencontro entre todas e todos. Paz para sair da crise”, escreveu, acrescentando que não há planos de “rancor ou vingança”.
Nuestra Revolución es democrática y pacífica. Nunca hicimos listas de rencor o venganza.
Nuestra querida #Bolivia necesita un gran reencuentro entre todas y todos. Paz para salir de la crisis.— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) October 27, 2020
Na segunda-feira 26, a justiça boliviana anulou a ordem de detenção contra Evo Morales por supostos crimes de terrorismo.
A ordem de detenção contra o ex-presidente, exilado na Argentina, foi suspensa porque “seus direitos foram desrespeitados, basicamente o direito à defesa, pois o ex-presidente não foi devidamente convocado”, disse Quino, presidente do Tribunal Departamental de Justiça de La Paz, à emissora Unitel.
*Com informações da AFP
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