Educação
SP: 75% dos eleitores da capital são contra volta às aulas, aponta pesquisa
O prefeito Bruno Covas adiou a definição sobre a retomada das aulas para novembro


Três em cada quatro eleitores da capital paulista (75%) acham que as escolas deveriam permanecer fechadas pelos próximos dois meses. 24% afirmam que elas deveriam ser reabertas, e 1% não opinou. Os dados são de pesquisa Datafolha realizada nos dias 21 e 22 de setembro, com 1.092 eleitores com 16 anos ou mais na cidade de São Paulo.
De acordo com o levantamento, a percepção sobre a a possível retomada das aulas presenciais no contexto da pandemia se modifica de acordo com a renda familiar mensal.
Entre os que ganham até dois salários mínimos (R$2.090), 77% afirmam que as escolas deveriam permanecer fechadas nos próximos dois meses. Entre os que têm renda mensal de mais de 10 salários mínimos (R$ 10.450) o índice cai para 56%.
O apoio pela manutenção das escolas fechadas é semelhante quando verificada a percepção dos entrevistados que têm em casa estudantes matriculados na rede privada ou na rede pública.
Entre o primeiro grupo, 75% entendem que as escolas devem ficar sem aulas pelos próximos dois meses. O índice vai a 79% para os que têm em casa uma criança matriculada em creches da prefeitura, 80% na rede municipal e 77% na estadual.
O prefeito Bruno Covas anunciou a retomada das aulas presenciais para estudantes do Ensino Superior a partir de 7 de outubro. A decisão vale para o ensino público e privado na cidade.
A partir da data, escolas de educação básica também poderão retornar, de maneira não obrigatória, com atividades de de reforço e acolhimento nas etapas da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio.
A definição sobre a retomada das aulas regulares para esses alunos, entretanto, só deve ser definida em novembro.
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