Política

Ministro da Justiça assume existência de relatório sobre opositores de Bolsonaro

Porém, André Mendonça recusou chamar documento de ‘dossiê’, segundo informou El País Brasil

Ministro da Justiça assume existência de relatório sobre opositores de Bolsonaro
Ministro da Justiça assume existência de relatório sobre opositores de Bolsonaro
André Mendonça e Jair Bolsonaro. Foto: Isac Nóbrega/PR
Apoie Siga-nos no

O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, admitiu a existência de um relatório de inteligência sobre 579 servidores públicos supostamente ligados ao movimento antifascismo e opositores ao presidente Jair Bolsonaro. A declaração ocorreu nesta sexta-feira 7, durante depoimento sigiloso em audiência com parlamentares. A informação é do site El País Brasil.

É a primeira vez que um representante do governo federal assume a produção do documento. No entanto, Mendonça recusou chamar o documento de “dossiê”. De acordo com ele, o relatório foi distribuído para todos os órgãos do Sistema Brasileiro de Inteligência e para os órgãos do subsistema de inteligência e segurança pública.

O ministro também declarou que gestões passadas também tiveram relatórios semelhantes, como documentos de inteligência relacionados a movimentos a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT), greves na área de segurança e reivindicações de agentes públicos, segundo informou o veículo.

A existência do documento foi revelada pelo colunista Rubens Valente, do portal UOL. Depois, Mendonça trocou a chefia da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), órgão que produziu o relatório. Nesta sexta-feira 7, o deputado federal José Guimarães (PT-CE) reivindicou uma cópia do dossiê, em requerimento protocolado no Congresso Nacional.

 

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo