Saúde

Brasil pode se tornar recordista mundial de vítimas do coronavírus, diz consultoria americana

O levantamento mostra que, se o país não adotar medidas de isolamento social, o número de mortos pode chegar a 295 mil ainda este ano

Brasil pode se tornar recordista mundial de vítimas do coronavírus, diz consultoria americana
Brasil pode se tornar recordista mundial de vítimas do coronavírus, diz consultoria americana
Mortes pelo coronavírus no Brasil. Foto: AFP
Apoie Siga-nos no

O Brasil pode se tornar o país mias atingido pela Covid-19 no mundo. Foi o que mostrou um estudo realizado pela consultoria americana Kearney, que trabalha com cenários há mais de 80 anos e está presente em mais de 40 países. Para a empresa, a flexibilização de medidas de isolamento social e a falta de ações que ampliem urgentemente a estrutura de saúde poderão fazer com que o Brasil se torne o recordista mundial de vítimas da doença.

As projeções mostram que, em um cenário mais pessimista, o Brasil chegará a cerca de 295 mil mortos até 20 de dezembro. Em um cenário intermediário esse número poderá chegar a 78 mil vítimas e, na melhor das hipóteses, na qual o país respeitará as medidas de isolamento social, podemos chegar a 28 mil vítimas.

Nesta sexta-feira 08, o país bateu mais um recorde de mortes pela Covid-19. Foram contabilizados, em apenas 24 horas, 751 mortes, totalizando 9.897 óbitos causados pela doença.  Conforme as projeções, o Brasil ainda não atingiu o pico de casos, o que deve acontecer entre 2 e 11 semanas (10 de maio a 5 de julho), conforme a região do País. Medidas locais de combate à doença, no entanto, podem abreviar ou reduzir esse prazo.

Além dos números oficiais, a consultoria também levou em consideração a situação do sistema de saúde do Brasil. E é exatamente nesse ponto onde se encontra a principal fragilidade do país.

Em um cenário otimista, o relatório estima que haverá falta de ao menos 2,5 mil leitos de UTI no pico das contaminações, mas esse número pode chegar à falta de aproximadamente 24 mil leitos em situação mais crítica. Com base nas experiências internacionais, a consultoria alerta para a necessidade de se revisar políticas públicas, além de adotar medidas para reduzir as subnotificações.

O estudo feito pela Kearney levou em conta número divulgado pelo Ministério da Saúde e foi divulgado com exclusividade pelo Estado de S. Paulo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo