Política
Eduardo Bolsonaro tenta defender o pai e comete ato falho nas redes
O recruta 03 queria mostrar a grandeza de Jair Bolsonaro como deputado, mas expôs passado inerte do atual presidente
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) é o recruta mais ativo do pai Jair Bolsonaro (sem partido) nas redes sociais. O deputado federal se empenha, diariamente, em mostrar conteúdos de relevância para o eleitorado fiel – os posts mostram desde crianças armadas até números da atuação do governo. Mas, desta vez, parece ter exposto o pai à própria história.
Em um tuíte na manhã desta quarta-feira 22, Eduardo resolveu compartilhar a lista de feitos do pai ainda quando deputado. Na verdade, resolveu ir ainda mais longe e tocou em questões político-partidárias, como cargos em lideranças municipais ou estaduais, importantes na carreira de todo político longevo. O problema, no entanto, é que Jair Bolsonaro não fez nada.
“O maior líder do Aliança é uma pessoa que nunca teve diretoria municipal de um partido, nunca foi relator de um projeto notório na Câmara (era do baixo clero), nunca foi presidente de comissão nem nada”, escreveu Eduardo nas redes.
Na visão do deputado, a falta de ação do pai ao longo dos 27 anos como deputado e, consequentemente, como recebedor de dinheiro público, é um feito a ser elogiado.
Lembrete aos voluntários: o maior líder do Aliança é uma pessoa que nunca teve diretoria municipal de um partido, nunca foi relator de um projeto notório na Câmara (era do baixo clero),nunca foi presidente de comissão nem nada. Sempre teve um objetivo em mente: defender o Brasil!
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) January 22, 2020
Eduardo e demais futuros dissidentes do PSL estão empenhados em conseguir assinaturas para a formação do Aliança pelo Brasil, partido que será presidido por Jair Bolsonaro. No manifesto fundador do partido, princípios estritamente religiosos e de envergadura nacionalista e alarmista contra o “comunismo” e a “ideologia de gênero” dominam o discurso.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.