Colunas e blogs

O que está por trás da recusa dos EUA em sair do Iraque

Os EUA e seus aliados Israel e a monarquia saudita precisam da guerra para venderem armas, roubarem as riquezas e dominarem o mundo

O que está por trás da recusa dos EUA em sair do Iraque
O que está por trás da recusa dos EUA em sair do Iraque
Manifestantes anti-Estados Unidos queimam bandeira americana no dia 03 de janeiro, após a morte do general Qasem Soleimani. (Foto: ATTA KENARE / AFP)
Apoie Siga-nos no

Apesar dos apelos internacionais para que os EUA saiam do Iraque após violarem várias vezes a soberania deste país, Donald Trump não mostra nenhum interesse em sair da região e faz planos de como se apoderar do petróleo e submeter a vida dos iraquianos.

O primeiro ministro do Iraque, Adel Abdel Mahdi, solicitou ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, que enviasse uma delegação para organizar a saída das tropas americanas do Iraque – o parlamento iraquiano votou pela expulsão dos 5.200 soldados americanos​.

O porta-voz da diplomacia americana, Morgan Ortagus, disse que “qualquer delegação americana que vá ao Iraque terá como meta discutir como reconfirmar a estratégia dos Estados Unidos na região e não sua retirada”.

O primeiro-ministro iraquiano, em sua mensagem, denunciou as violações à soberania iraquiana e que os aviões americanos cruzam o espaço aéreo do Iraque sem autorização do governo iraquiano.​ Os iraquianos não precisam da velha “águia rapineira” em suas terras.

Foi graças ao Iran que o Iraque se livrou dos mercenários Daesh, que eram financiados e treinados por Estados Unidos, Israel e os Sauditas.​

O governo americano usou seus próprios mercenários disfarçados de “radicais islâmicos” para justificar sua volta ao Iraque e forçar sua semelhança com o disfarce de “xerife do mundo”, cujo real interesse era mesmo o de se apoderar das cobiçadas riquezas de hidrocarburos que pertencem ao povo iraquiano.​

Morgan Ortagus disse que “os EUA querem ter uma seria discussão com o Iraque, não apenas sobre a segurança, mas sobre”, segundo suas palavras, “nossa associação financeira e econômica”.​

O governo americano está muito preocupado que o Iraque possa receber ajuda da China e Rússia. A Rússia já vendeu aviões caças e outras armas.

Muçulmanos de toda a Índia apoiaram o Iran contra os Estados Unidos e agora a Coreia do Norte também se declarou contra os EUA após o assassinato do general Suleimani.​

O sionismo israelense, aliado ao governo imperialista americano, participou do assassinato do general Suleimani, informando o local à CIA, a localização do comandante das forças al Quds, segundo a própria cadeia de imprensa americana NBC NEWS, que também anunciou que Benjamin Netanyahu falou com Mike Pompeu e sabia de tudo o que estava acontecendo​.

A sede do comando central desta operação terrorista americana se encontrava no Catar e foi desde aí que se planejou o ataque a Suleimani pelas forças americanas CENTCOM (sigla em inglês), que sabiam quem e quantas pessoas estavam no veículo atingido que martirizou ao general Suleimani e ao subcomandante das forças iraquianas Abu Mahdi al Muhadis.​

Desde há muito tempo, Estados Unidos e seu sócio terrorista, o estado de Israel, planejaram assassinar o homem que combateu e expulsou os terroristas Daesh do Iraque. O povo iraquiano, iraniano, sírio, libanês, palestino, do Iêmen, do Bahrein, todos os povos, querem a paz de não serem invadidos, dominados, assassinados e espoliados. Não a paz dos cemitérios.

Os Estados Unidos e seus aliados Israel e a monarquia saudita precisam da guerra para venderem armas, roubarem as riquezas e dominarem o mundo, transformando a humanidade em escravos dos seus interesses econômicos​.

Os Estados Unidos sempre quiseram separar e semear discórdia entre o Iran e o Iraque, países irmãos, para dividi-los e assim enfraquecer a aliança histórica que há entre seu povo, que poderia levar a construir uma aliança ainda maior e uma federação de países anti-imperialistas e antissionistas no Oriente Médio, uma tarefa histórica que poria fim ao domínio americano e israelense na região.

A Guarda Revolucionária Iraniana continuará lutando ao lado do povo iraquiano até que chegue o fim da entidade sionista sabotadora e genocida e até a expulsão das tropas americanas do Iraque, nem que tenha que pulverizar todas as suas bases, ainda que se escondam como ratos nos mesmos bunkers do ditador Saddam.

Esta será a justiça que vingará os mártires que deram seu sangue na luta contra a aliança nefasta do imperialismo e seus aliados, do sionismo e dos wahabis, sauditas, todos inimigos mortais da humanidade. ​

Os homens e mulheres de bem, os amantes da paz, devem unir todos os esforços para derrotarem estas forças inimigas do desenvolvimento das forças produtivas e da humanidade.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo