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O que está por trás da recusa dos EUA em sair do Iraque
Os EUA e seus aliados Israel e a monarquia saudita precisam da guerra para venderem armas, roubarem as riquezas e dominarem o mundo


Apesar dos apelos internacionais para que os EUA saiam do Iraque após violarem várias vezes a soberania deste país, Donald Trump não mostra nenhum interesse em sair da região e faz planos de como se apoderar do petróleo e submeter a vida dos iraquianos.
O primeiro ministro do Iraque, Adel Abdel Mahdi, solicitou ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, que enviasse uma delegação para organizar a saída das tropas americanas do Iraque – o parlamento iraquiano votou pela expulsão dos 5.200 soldados americanos.
O porta-voz da diplomacia americana, Morgan Ortagus, disse que “qualquer delegação americana que vá ao Iraque terá como meta discutir como reconfirmar a estratégia dos Estados Unidos na região e não sua retirada”.
O primeiro-ministro iraquiano, em sua mensagem, denunciou as violações à soberania iraquiana e que os aviões americanos cruzam o espaço aéreo do Iraque sem autorização do governo iraquiano. Os iraquianos não precisam da velha “águia rapineira” em suas terras.
Foi graças ao Iran que o Iraque se livrou dos mercenários Daesh, que eram financiados e treinados por Estados Unidos, Israel e os Sauditas.
O governo americano usou seus próprios mercenários disfarçados de “radicais islâmicos” para justificar sua volta ao Iraque e forçar sua semelhança com o disfarce de “xerife do mundo”, cujo real interesse era mesmo o de se apoderar das cobiçadas riquezas de hidrocarburos que pertencem ao povo iraquiano.
Morgan Ortagus disse que “os EUA querem ter uma seria discussão com o Iraque, não apenas sobre a segurança, mas sobre”, segundo suas palavras, “nossa associação financeira e econômica”.
O governo americano está muito preocupado que o Iraque possa receber ajuda da China e Rússia. A Rússia já vendeu aviões caças e outras armas.
Muçulmanos de toda a Índia apoiaram o Iran contra os Estados Unidos e agora a Coreia do Norte também se declarou contra os EUA após o assassinato do general Suleimani.
O sionismo israelense, aliado ao governo imperialista americano, participou do assassinato do general Suleimani, informando o local à CIA, a localização do comandante das forças al Quds, segundo a própria cadeia de imprensa americana NBC NEWS, que também anunciou que Benjamin Netanyahu falou com Mike Pompeu e sabia de tudo o que estava acontecendo.
A sede do comando central desta operação terrorista americana se encontrava no Catar e foi desde aí que se planejou o ataque a Suleimani pelas forças americanas CENTCOM (sigla em inglês), que sabiam quem e quantas pessoas estavam no veículo atingido que martirizou ao general Suleimani e ao subcomandante das forças iraquianas Abu Mahdi al Muhadis.
Desde há muito tempo, Estados Unidos e seu sócio terrorista, o estado de Israel, planejaram assassinar o homem que combateu e expulsou os terroristas Daesh do Iraque. O povo iraquiano, iraniano, sírio, libanês, palestino, do Iêmen, do Bahrein, todos os povos, querem a paz de não serem invadidos, dominados, assassinados e espoliados. Não a paz dos cemitérios.
Os Estados Unidos e seus aliados Israel e a monarquia saudita precisam da guerra para venderem armas, roubarem as riquezas e dominarem o mundo, transformando a humanidade em escravos dos seus interesses econômicos.
Os Estados Unidos sempre quiseram separar e semear discórdia entre o Iran e o Iraque, países irmãos, para dividi-los e assim enfraquecer a aliança histórica que há entre seu povo, que poderia levar a construir uma aliança ainda maior e uma federação de países anti-imperialistas e antissionistas no Oriente Médio, uma tarefa histórica que poria fim ao domínio americano e israelense na região.
A Guarda Revolucionária Iraniana continuará lutando ao lado do povo iraquiano até que chegue o fim da entidade sionista sabotadora e genocida e até a expulsão das tropas americanas do Iraque, nem que tenha que pulverizar todas as suas bases, ainda que se escondam como ratos nos mesmos bunkers do ditador Saddam.
Esta será a justiça que vingará os mártires que deram seu sangue na luta contra a aliança nefasta do imperialismo e seus aliados, do sionismo e dos wahabis, sauditas, todos inimigos mortais da humanidade.
Os homens e mulheres de bem, os amantes da paz, devem unir todos os esforços para derrotarem estas forças inimigas do desenvolvimento das forças produtivas e da humanidade.
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