Política

Pressionado, Cunha tira nomes de jornalistas e de Gurgel do relatório da CPI

Parlamentares de oposição e governistas não queriam os nomes de Policarpo Junior e de Roberto Gurgel no documento

O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), e o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), conversam durante reunião nesta quarta-feira 28. Foto: Wilson Dias/ABr
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Por Anderson Vieira

Pressionado pela oposição e até por parlamentares governistas, o relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), alterou o texto de seu relatório final com a conclusão dos trabalhos da comissão. Da nova versão, apresentada nesta quarta-feira 28, não constam os pedidos de investigação da conduta do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e de indiciamento de cinco jornalistas, entre eles, Policarpo Júnior, da sucursal da revista Veja em Brasília.

O relator voltou a afirmar que os pedidos de investigação eram questões “não centrais” e que, portanto, poderiam ser excluídas do texto. “São questões importantes, mas o ponto central de nosso relatório é o núcleo da organização criminosa comandada por Cachoeira”, explicou.

Com a apresentação de um pedido de vista coletivo, abriu-se prazo de cinco dias úteis, conforme o Regimento Interno do Senado, para que os parlamentares apresentem voto em separado ou mesmo sugestões para o relator.

Com isso, o vice-presidente da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), comunicou que a votação do relatório está marcada para o próximo dia 5 de dezembro, às 10h15, na sala 2 da Ala Alexandre Costa do Senado Federal.

Divergência

A reunião administrativa desta quarta-feira  foi marcada mais uma vez por discussão entre os parlamentares, que não se entenderam sobre o procedimento regimental a ser adotado para a leitura.

A reunião, que começou com atraso de quase uma hora, chegou a ser suspensa para que os parlamentares recebessem cópias das 89 páginas do sumário preparado pelo relator. Houve também quem reclamasse que a leitura não poderia ser feita, uma vez que Odair Cunha suprimiu duas partes de seu texto, o que implicaria a necessidade de mais prazo para que os integrantes fizessem um reexame da matéria.

Os outros pontos do relatório não foram alterados. Odair Cunha manteve, por exemplo, o indiciamento de Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, e de Cláudio Abreu, ex-diretor da empreiteira no Centro-Oeste, além da responsabilização do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), do ex-senador Demóstenes Torres e do deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO).

Reportagem publicada originalmente na Agência Senado

Por Anderson Vieira

Pressionado pela oposição e até por parlamentares governistas, o relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), alterou o texto de seu relatório final com a conclusão dos trabalhos da comissão. Da nova versão, apresentada nesta quarta-feira 28, não constam os pedidos de investigação da conduta do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e de indiciamento de cinco jornalistas, entre eles, Policarpo Júnior, da sucursal da revista Veja em Brasília.

O relator voltou a afirmar que os pedidos de investigação eram questões “não centrais” e que, portanto, poderiam ser excluídas do texto. “São questões importantes, mas o ponto central de nosso relatório é o núcleo da organização criminosa comandada por Cachoeira”, explicou.

Com a apresentação de um pedido de vista coletivo, abriu-se prazo de cinco dias úteis, conforme o Regimento Interno do Senado, para que os parlamentares apresentem voto em separado ou mesmo sugestões para o relator.

Com isso, o vice-presidente da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), comunicou que a votação do relatório está marcada para o próximo dia 5 de dezembro, às 10h15, na sala 2 da Ala Alexandre Costa do Senado Federal.

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A reunião administrativa desta quarta-feira  foi marcada mais uma vez por discussão entre os parlamentares, que não se entenderam sobre o procedimento regimental a ser adotado para a leitura.

A reunião, que começou com atraso de quase uma hora, chegou a ser suspensa para que os parlamentares recebessem cópias das 89 páginas do sumário preparado pelo relator. Houve também quem reclamasse que a leitura não poderia ser feita, uma vez que Odair Cunha suprimiu duas partes de seu texto, o que implicaria a necessidade de mais prazo para que os integrantes fizessem um reexame da matéria.

Os outros pontos do relatório não foram alterados. Odair Cunha manteve, por exemplo, o indiciamento de Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, e de Cláudio Abreu, ex-diretor da empreiteira no Centro-Oeste, além da responsabilização do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), do ex-senador Demóstenes Torres e do deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO).

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