Stédile: ‘As manifestações nos lavaram a alma’
‘Espero que esses atos representem apenas um ponto de partida. Precisamos ampliar a mobilização’, afirma o integrante da coordenação nacional do MST
Levada por militantes do MST, uma bandeira brasileira de 40 metros de largura foi um dos principais símbolos do ato na Avenida Paulista neste domingo 21, contra PEC da blindagem e a anistia aos golpistas condenados. Duas semanas antes, nos festejos do 7 de Setembro, bolsonaristas haviam estendido no mesmo local uma enorme bandeira dos Estados Unidos.
“A extrema-direita nos fez esse favor”, ironiza João Pedro Stédile, fundador do MST, ao celebrar o resgate de um símbolo nacional. “As manifestações nos lavaram a alma. Há tempos a esquerda não ocupava as ruas com um contingente tão expressivo”. Em entrevista à repórter Mariana Serafini, Stédile fala sobre as lutas da esquerda no Congresso, as mobilizações do último fim de semana, como fica a reforma agrária na reta final do governo Lula, e as recentes parcerias do MST com entidades chinesas para a instalação de fábricas de fertilizantes.
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