Mirtes, mãe de Miguel, ainda luta contra as injustiças da Justiça

Mirtes Souza luta contra a morosidade e seletividade do Judiciário

Mirtes Renata Santana de Souza, ex-empregada doméstica, há cinco anos sofre com a perda do menino Miguel. Em 2020, a criança caiu da sacada de um prédio de luxo no Recife, depois que a patroa da mãe, Sarí Corte Real, o colocou sozinho no elevador de serviço. Detalhe: Miguel tinha apenas 5 anos e só queria encontrar a mãe, que havia descido para passear com o cachorro da patroa nos arredores do prédio. “Não tem sido fácil. É uma saudade que chega a ser uma violência. As lembranças são muitas e agoniantes”, diz Mirtes, com os olhos marejados.

Hoje assessora parlamentar e prestes a se tornar advogada, Mirtes transformou a dor em luta. Mulher negra e periférica, ela busca reparação pela morte do filho Miguel, critica o Tribunal de Justiça de Pernambuco pela demora no veredito e afirma ser vítima de racismo por parte do Judiciário.

Confira a entrevista à repórter Fabiola Mendonça

Cacá Melo

Cacá Melo
Produtor audiovisual em CartaCapital

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar