Manobra de secretário de Trump contra Moraes é ‘atitude de fascista’
Pedro Serrano, jurista e professor de Direito Constitucional, comenta a ofensiva de Eduardo Bolsonaro e de membros do governo Trump contra o Judiciário brasileiro
Atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes abriu, nesta segunda-feira 26, um inquérito para apurar as ações do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-capitão Jair Bolsonaro, contra autoridades brasileiras. Eduardo encontra-se em “auto-exílio” nos Estados Unidos desde março deste ano e passou a articular, junto a personagens do trumpismo, punições contra o Judiciário brasileiro — em especial, contra o ministro Alexandre de Moraes.
Enquanto isso, em Washington, o secretário de Estado do governo Trump, Marco Rubio, disse haver uma “grande possibilidade” de os EUA sancionarem o ministro Moraes, por supostas “violações de valores democráticos” — o julgamento contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de estado e o bloqueio de redes sociais norte-americanas acusadas de divulgar desinformação.
Saiba mais na análise do jurista Pedro Serrano.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.