Esnobado por presidente português, Bolsonaro alimenta Lulinha, o ‘maior acionista’ da Petrobras
Neste episódio, Rodrigo Martins comenta o processo de descarte de Jair Bolsonaro. Em viagem ao Brasil, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, fez questão de incluir na agenda um encontro com Lula, fazendo um certo capitão se roer de inveja. Em retaliação, Bolsonaro […]
Neste episódio, Rodrigo Martins comenta o processo de descarte de Jair Bolsonaro. Em viagem ao Brasil, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, fez questão de incluir na agenda um encontro com Lula, fazendo um certo capitão se roer de inveja. Em retaliação, Bolsonaro desmarcou um almoço que teria com o líder português, certamente abalado por não ter mais uma companhia tão agradável à mesa.
O “Mito” não quer acreditar que está com os dias contados no Palácio do Planalto. Escancarou as portas do cofre, turbinou o Auxílio Brasil, criou uma Bolsa Caminhoneiro e até um vale-gasolina para os taxistas. Mas desde que Lula recuperou os seus direitos políticos, em abril de 2021, ele jamais deixou de liderar a corrida presidencial com larguíssima vantagem sobre o ex-capitão. Por que Sousa perderia tempo com um morto-vivo se sabe que o Brasil estará em outras mãos a partir de 2023?
Enquanto Bolsonaro reza pela multiplicação dos votos, sua aguerrida militância virtual não se cansa de fabricar cascatas. Nos últimos dias, a turma empenhou-se em “comprovar” que o ato de Lula na Bahia estava mais vazio que rancho de pobre. E também denuncia que Lulinha é o “maior acionista da Petrobras”. Quem diria? O ex-capitão está alimentando a mamata do filho do ex-presidente ao manter a política de preços da petrolífera atrelada à variação da cotação internacional dos derivados de petróleo.
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Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
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