‘Com Campos Neto, BC foi capturado pelo mercado’
No ‘Poder em Pauta’ da semana, André Barrocal entrevista o economista Pedro Paulo Zahluth Bastos
O presidente Lula e o “mercado” estão guerra. O sistema financeiro pressiona o governo para cortar gastos públicos. O Banco Central (BC) apoia. Seu comandante, Roberto Campos Neto, um indicado de Jair Bolsonaro, dá declarações que alimentam as críticas feitas pelo financismo, como a de que a política fiscal (ou seja, os gastos públicos) é um fator de risco para a inflação. A alta do dólar nos últimos dias – uma arma do “mercado” contra o governo e, segundo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, um “ataque especulativo” – também é ingrediente inflacionário, mas sobre isso o BC de Campos Neto tem feito cara de paisagem. O banco, aliás, tem agido é para dar um passo além da lei de sua autonomia operacional: defende mudar a Constituição para obter autonomia também financeira (e poder pagar altos salários, por exemplo), uma proposta em debate no Senado. Sobre esses assuntos, o repórter André Barrocal entrevista Pedro Paulo Zahluth Bastos, professor de Economia e coordenador do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica da Unicamp
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