Boa notícia humanitária não resolve os pontos centrais do conflito
Rafael Ioris, professor de História Latino-Americana da Universidade de Denver, comenta o impacto do cessar-fogo em Gaza para a política interna norte-americana
Incapaz de ter resolvido, como prometeu em sua campanha, a guerra entre Rússia e Ucrânia — e também ansioso em garantir-se como um dos cotados para o Nobel da Paz — Donald Trump mediou, com sucesso, um cessar-fogo entre Israel e Hamas. O presidente norte-americano acabou forçando o acordo ao seu aliado Benjamin Netanyahu, mas a manobra favorece aos dois líderes, tanto na arena internacional quanto para seus públicos internos. Vale notar também que o cessar-fogo não contou, em sua elaboração, com a participação de nenhum grupo palestino — o que é um sinal, também, de que o alívio humanitário não significa a resolução política da questão palestina. Saiba mais na análise do professor Rafael Ioris, da Universidade de Denver.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.