Mundo
O que é a CrowdStrike Falcon, ferramenta que causou o ‘apagão cibernético’ global
Empresa afirma ter implementado medidas para resolver a pane


Um apagão cibernético prejudicou os sistemas bancários, de telecomunicações e impediu voos em diversas regiões do mundo nesta sexta-feira 19.
A confusão tecnológica foi causada por uma pane na atualização de um software da empresa de segurança CrowdStrike. O apagão impediu voos nos Estados Unidos e na União Europeia, prejudicou a transmissão de televisão no Reino Unido e na Austrália e provocou outros problemas ao redor do globo.
O CEO da empresa, Gerge Kurz, afirmou que a falha nos serviços se deu por um “defeito de atualização do conteúdo” da plataforma Falcon e não se trata de um ataque cibernético.
“CrowdStrike está trabalhando ativamente com seus clientes impactados por um defeito encontrado numa única atualização para servidores Windows. Servidores Mac e Linux não foram afetados; Isto não foi um incidente de segurança nem um ciberataque. O problema foi identificado, isolado, e o processo para consertá-lo está em andamento”, disse.
O que é a Falcon?
A CrowdStrike Falcon é uma ferramenta de segurança lançada pela empresa em 2013 e visa fornecer proteção de endpoint e inteligência contra ameaças.
Na prática, a plataforma identifica, detecta e responde a ações de hackers. Como outros produtos de segurança cibernética, o software requer acesso profundo ao sistema operacional de um computador para verificar essas ameaças.
É justamente esse acesso profundo em computadores que executam o sistema Microsoft Windows que estaria com problemas, já que a atualização incorreta de código do software foi emitida pela CrowdStrike e interage diretamente com o sistema operacional.
A ferramenta Falcon é a líder do setor de segurança cibernética e tem apostado na inteligência artificial como forma de impedir ataques digitais.
A empresa foi responsável por investigar, por exemplo, o ataque russo aos computadores do Comitê Nacional Democrata durante as eleições de 2016, nos Estados Unidos.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Apagão global atingiu companhias aéreas, bancos e hospitais; confira um balanço
Por AFP
Senado prorroga comissão especial que discute regulamentação de IA no Brasil
Por CartaCapital