Meta é processada por ‘fechar os olhos’ para tráfico de pessoas no Facebook e Instagram

Mark Zuckerberg, presidente-executivo e acionista majoritário da Meta, é o principal alvo do processo

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook. Foto: Bertrand Guay/AFP

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Um processo movido por acionistas acusa os membros do conselho da Meta, controladora do Facebook e Instagram, de se esquivarem de seus deveres ao ignorarem o tráfico de pessoas e sexual nas redes sociais da gigante da tecnologia.

A ação pede que Mark Zuckerberg e outros executivos e membros do conselho sejam condenados a instituir reformas e pagar indenizações.

“Na última década, os aplicativos da Meta ajudaram, respaldaram e facilitaram o trabalho dos criminosos responsáveis por proxenetismo, tráfico de pessoas e crimes contra menores de idade que ocorrem em larga escala nas plataformas” do grupo californiano, aponta a denúncia apresentada na segunda-feira em um tribunal de Delaware.

“Provas substanciais mostram que o conselho de administração fechou os olhos, apesar de ter conhecimento desse fenômeno em plena expansão”, afirmam os demandantes, entre eles o Sistema de Aposentadoria dos Empregados do Estado de Rhode Island, o Kiwi Investment Management Wholesale Core Global Fund e o Teamsters Pension Fund, segundo o processo.

Mark Zuckerberg, presidente-executivo e acionista majoritário da Meta, é o principal alvo do processo. Procurado pela AFP, o porta-voz Andy Stone afirmou que a empresa “proíbe claramente a exploração de seres humanos e a exploração sexual de crianças”, e que as denúncias não refletem “os esforços” da empresa “para combater esse tipo de atividade”.

O processo afirma, no entanto, que o conselho de administração da Meta “falhou em explicar como tenta erradicar o problema”, motivo pelo qual a única “conclusão lógica” é que “decidiu, conscientemente, permitir que as plataformas da Meta promovam e facilitem” esses tipos de tráfico.


A Meta enfrenta várias acusações, em particular envolvendo efeitos na saúde mental de crianças e adolescentes.

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