Tecnologia

Marissa Mayer, do Google para o Yahoo! feito um foguete

A talentosa engenheira e nova CEO do concorrente faz aposta arriscada para uma carreira excepcional

Em alta. As ações do Yahoo! subiram com Marissa no comando. Foto: Paul Zimmerman / Getty Images/AFP
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Marissa Mayer é uma mulher decidida. Ela anunciou a sua saída do Google, na segunda-feira 16, e assumiu o cargo de CEO do Yahoo! no dia seguinte. É uma atitude corajosa, um voto de confiança em uma empresa que sofreu quedas vertiginosas de receitas e que perde cada vez mais espaço na internet, além de ter um sério problema de liderança.

Mayer será a quinta pessoa a assumir o mais alto cargo do Yahoo!, em pouco menos de um ano. Carol Bartz foi demitida pelo telefone, em setembro de 2011, e comunicou isso aos empregados pelo seu iPad. Tim Morse, que era seu número 2, assumiu a empresa, mas foi logo substituído por Scott Thompson, que chegou da PayPal. Thompson, por sua vez, teve de se demitir em maio quando admitiu ter mentido em seu currículo, onde dizia ter um diploma em Ciências da Computação, pura ficção.

O currículo de Mayer no Google impressiona. Ela chegou à empresa em 1999, aos 24 anos de idade, recém-saída da Universidade Stanford, como a 20ª contratada do Google e a primeira engenheira mulher da equipe. Entre as primeiras tarefas, coube a ela cuidar da experiência dos usuários das páginas do Google, além de gerenciar o que viria a se tornar o Google News.

Em 2003, Mayer cuidou da introdução de novas línguas à interface da ferramenta de buscas e começou a iniciativa de acrescentar resultados locais às buscas. Dois anos depois, empossada como vice-presidente de produtos, defendeu a expansão dos resultados de buscas com a inclusão de vídeos, fotos e notícias, além de chefiar a criação do Google Translate, de tradução instantânea.

Em junho deste ano ela tornou-se a mais jovem integrante do comitê executivo do Google, participando da compra da Zagat, empresa de guias de restaurantes. O problema é que ela era deixada para trás, enquanto outros executivos eram promovidos, como Andy Rubin e Vic Gundotra, responsáveis por iniciativas como o Android ou o Google+.

A empresa parecia contente com o papel que Mayer tinha como representante do Google em eventos públicos, sempre afável e entusiasmada pelos novos produtos da companhia. Ela talvez tenha se dado conta de que tinha atingido seu ápice. E a oferta do Yahoo! foi tentadora demais para ser recusada.

É também uma escolha intrigante. O Yahoo!, quando fundado em 1995 por Jerry Yang e David Filo, foi por muito tempo a força dominante da internet até ser ultrapassado pelo Google, companhia fundada em moldes muito parecidos por Larry Page e Sergey Brin em 1998. Ela talvez tenha percebido os mesmos sinais de obsolescência no Google, percebido as vulnerabilidades da gigante, mas não tinha o poder para mudar os rumos da empresa. Agora no Yahoo!, ela tem algo que não tinha no Google: poder executivo. Ela pode finalmente colocar todo o seu conhecimento em jogo.

A marca que ela traz, embutida em seu nome, deve permitir que o Yahoo! ignore um pouco as flutuações do mercado para estabilizar as coisas. O preço das ações da empresa subiu 2,3%, logo após o anúncio de sua chegada. Já é uma vitória.

Marissa Mayer é uma mulher decidida. Ela anunciou a sua saída do Google, na segunda-feira 16, e assumiu o cargo de CEO do Yahoo! no dia seguinte. É uma atitude corajosa, um voto de confiança em uma empresa que sofreu quedas vertiginosas de receitas e que perde cada vez mais espaço na internet, além de ter um sério problema de liderança.

Mayer será a quinta pessoa a assumir o mais alto cargo do Yahoo!, em pouco menos de um ano. Carol Bartz foi demitida pelo telefone, em setembro de 2011, e comunicou isso aos empregados pelo seu iPad. Tim Morse, que era seu número 2, assumiu a empresa, mas foi logo substituído por Scott Thompson, que chegou da PayPal. Thompson, por sua vez, teve de se demitir em maio quando admitiu ter mentido em seu currículo, onde dizia ter um diploma em Ciências da Computação, pura ficção.

O currículo de Mayer no Google impressiona. Ela chegou à empresa em 1999, aos 24 anos de idade, recém-saída da Universidade Stanford, como a 20ª contratada do Google e a primeira engenheira mulher da equipe. Entre as primeiras tarefas, coube a ela cuidar da experiência dos usuários das páginas do Google, além de gerenciar o que viria a se tornar o Google News.

Em 2003, Mayer cuidou da introdução de novas línguas à interface da ferramenta de buscas e começou a iniciativa de acrescentar resultados locais às buscas. Dois anos depois, empossada como vice-presidente de produtos, defendeu a expansão dos resultados de buscas com a inclusão de vídeos, fotos e notícias, além de chefiar a criação do Google Translate, de tradução instantânea.

Em junho deste ano ela tornou-se a mais jovem integrante do comitê executivo do Google, participando da compra da Zagat, empresa de guias de restaurantes. O problema é que ela era deixada para trás, enquanto outros executivos eram promovidos, como Andy Rubin e Vic Gundotra, responsáveis por iniciativas como o Android ou o Google+.

A empresa parecia contente com o papel que Mayer tinha como representante do Google em eventos públicos, sempre afável e entusiasmada pelos novos produtos da companhia. Ela talvez tenha se dado conta de que tinha atingido seu ápice. E a oferta do Yahoo! foi tentadora demais para ser recusada.

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