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Grupo sueco denuncia a Amazon por venda de bonecas sexuais com aparência infantil

A queixa sucede a ação da França de ameaçar suspender a Shein por comercializar bonecas semelhantes em seu site

Grupo sueco denuncia a Amazon por venda de bonecas sexuais com aparência infantil
Grupo sueco denuncia a Amazon por venda de bonecas sexuais com aparência infantil
Foto: SEBASTIEN BOZON/AFP
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Uma organização sueca que defende os direitos infantis informou nesta segunda-feira 10 que apresentou uma ação judicial contra a Amazon e outras duas plataformas de comércio eletrônico pela venda de bonecas sexuais com aparência de crianças.

A queixa sucede a ação da França de ameaçar suspender a plataforma Shein, fundada na China, por vender bonecas semelhantes em seu site, bem como armas de categoria A.

A organização sueca ChildX declarou à AFP que não deseja identificar as duas páginas menores que processou, para não direcionar tráfego a elas. Uma tem sede na Suécia e a outra na China, detalhou.

A legislação sueca proíbe conteúdos que representem crianças de forma sexualizada, e a ChildX indicou que a venda dessas bonecas poderia infringir as leis sobre exploração sexual infantil.

A comercialização desses produtos em plataformas digitais pode normalizar o abuso sexual de menores e aumentar a demanda por conteúdos que exploram crianças, alertou a ONG, que considera que estas vendas deveriam ser ilegais.

“Não queremos que esses sites sejam autorizados na Suécia, pois banalizam o abuso infantil, o que pode levar a um aumento dos abusos reais”, disse à AFP a secretária-geral da ChildX, Ida Östensson.

A responsável instou o governo sueco a revisar a forma como a polícia pode ser encarregada de atualizar e ampliar uma lista proibida de portais de pornografia infantil “para incluir mais tipos de sites que promovem ou permitem o abuso contra crianças”.

Também pediu que se considerasse a adoção de uma legislação que permitisse suspender ou proibir estes sites, já que tal lista sueca é atualmente voluntária para os operadores de telecomunicações.

Östensson ainda considerou que as leis sobre exploração sexual infantil deveriam incluir a venda de produtos que sexualizam crianças.

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