BlueSky: rede criada por ex-CEO do Twitter que promete ser ‘anti’ Elon Musk

A plataforma, muito semelhante ao Twitter, vem ganhando fama como uma “resposta” ao autoritarismo de Elon Musk

Elon Musk. Foto: Odd ANDERSEN / AFP

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O antigo CEO do Twitter, Jay Graber liberou para testes uma nova plataforma que promete descentralizar o acesso e uso de redes sociais com código fechado, a BlueSky. O aplicativo já está disponível para download em celulares IOS e Android.

A nova rede social já está no ar desde fevereiro, em teste beta restrito a convidados, com a promessa de dar aos usuários o poder de escolha algorítmica – o que significa permitir que o dono da conta controle o que vê em seu próprio feed, em vez de ser controlado por uma autoridade bilionária.

Segundo os idealizadores, a ideia é reinventar a estrutura das redes sociais, permitindo maior independência aos criadores de conteúdo e direito de escolha aos usuários. A plataforma, muito semelhante ao Twitter, vem ganhando fama como uma “resposta” ao autoritarismo de Elon Musk.

Segundo Graber, para o aplicativo poder se tornar público ainda falta superar a dificuldade de executar uma moderação real. Segundo ele, a prioridade é garantir a segurança do usuário desde o início da rede. De acordo com uma postagem fixada no blog oficial da BlueSky, a moderação combinará filtragem automática de conteúdo e o controle por administradores reais.

Desde a aquisição de Elon Musk, o Twitter tem protagonizado talvez a sua pior crise de imagem. De direita, o novo proprietário da rede defende um ambiente menos moderado para garantir a “liberdade de expressão”. Desde então, a plataforma removeu a restrição de contas banidas por discurso de ódio, como a página de Donald Trump, e tem se recusado a compartilhar dados com jornalistas

No Brasil, os recentes ataques às escolas levaram o Ministério de Justiça e da Segurança Pública a exigir das redes sociais a criação de canais ágeis para atender solicitações de autoridades policiais sobre conteúdos violentos. A pasta identificou mais de 500 perfis no Twitter que veiculação este tipo de material.


Em resposta, representantes do Twitter alegaram que imagens de autores de massacres e outras formas de exaltação de assassinos não representam violações aos termos de uso da plataforma.

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