Tecnologia

A Microsoft, enfim, aposta na união do hardware com software

Ao anunciar o tablet-computador Surface, a gigante segue a trilha que marcou o sucesso da rival Apple

Filosofia. Ballmer mira o mercado físico
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O mundo do software é dominado de tal forma pela Microsoft que seu histórico irregular de lançamentos de hardware tende a ficar em segundo plano. O Zune, lançado em 2006 como o grande rival do iPod, foi mal recebido pelo mercado e teve a sua última versão em 2010, mesmo sendo muito bem desenhado e munido de software melhor do que o que a Apple tinha criado para o iPod. A linha de smartphones Kin também não caiu no gosto dos consumidores, após ser lançada em meados de 2010.

Isso significa dizer que todos os produtos físicos da Microsoft são fracassos de público? Não exatamente. A chegada do Xbox, em 2001, chacoalhou o mercado de videogames, e a geração seguinte, o Xbox 360, relegou o Playstation 3 da Sony à terceira posição em consoles vendidos, atrás apenas do Wii da Nintendo. O departamento de desenho industrial da empresa também se esmera nos mouses. O EasyBall, pensado para crianças, foi lançado em 1996 e ganhou prêmios pelo desenho industrial, assim como a recente linha Arc de mouses portáteis.

O Surface é o mais novo expoente dessa trajetória. À primeira vista ele parece uma resposta atrasada da Microsoft ao iPad, um tablet com a vantagem de possuir tela maior e apoio que o faz parecer uma espécie de porta-retrato do Darth Vader.

O tablet da Microsoft é mais do que isso: marca a entrada da empresa no mercado de computadores, uma atividade que ela antes deixava com parceiros tradicionais como Dell, Lenovo ou HP. Além disso, torna evidente que a Microsoft afinal entendeu uma das principais filosofias da Apple, para quem a garantia de um bom produto é resultado da união entre hardware e software criados um para o outro. E que não conseguiria esse tipo de simbiose até tomar conta das duas pontas do processo.

O principal atrativo do Surface é a capa que cobre sua tela quando ele é desligado, que pode ser colada e retirada por meio de ímãs, como no iPad, mas também possui um teclado interno. O detalhe posiciona o Surface instantaneamente no nicho de mercado entre os tablets e os laptops. E o torna atraente para quem não quer carregar um computador “pleno”, mas também não gosta de digitar textos curtos, mensagens ou e-mails em uma tela sensível ao toque. Uma decisão curiosa foi incluir uma “caneta” para uso com a tela, como se os dez dedos do usuário fossem insuficientes.

São duas as versões oferecidas pela Microsoft. Uma tem dimensões semelhantes às do iPad, com processador ARM da NVIDIA, capaz de rodar o sistema operacional Windows 8 RT. Outro tem como alvo o mercado corporativo, com tela de alta definição, processador Ivy Bridge da Intel e sistema Windows 8 Pro.

Ainda não foram divulgados os preços das várias configurações. Nem a data de lançamento, mas a Microsoft vê no Surface uma bela arma na batalha contra a Apple. Ele poderá rivalizar com o MacBook Air com o teclado acoplado. Retirado o teclado, compete com o iPad. A disputa promete ser divertida.

O mundo do software é dominado de tal forma pela Microsoft que seu histórico irregular de lançamentos de hardware tende a ficar em segundo plano. O Zune, lançado em 2006 como o grande rival do iPod, foi mal recebido pelo mercado e teve a sua última versão em 2010, mesmo sendo muito bem desenhado e munido de software melhor do que o que a Apple tinha criado para o iPod. A linha de smartphones Kin também não caiu no gosto dos consumidores, após ser lançada em meados de 2010.

Isso significa dizer que todos os produtos físicos da Microsoft são fracassos de público? Não exatamente. A chegada do Xbox, em 2001, chacoalhou o mercado de videogames, e a geração seguinte, o Xbox 360, relegou o Playstation 3 da Sony à terceira posição em consoles vendidos, atrás apenas do Wii da Nintendo. O departamento de desenho industrial da empresa também se esmera nos mouses. O EasyBall, pensado para crianças, foi lançado em 1996 e ganhou prêmios pelo desenho industrial, assim como a recente linha Arc de mouses portáteis.

O Surface é o mais novo expoente dessa trajetória. À primeira vista ele parece uma resposta atrasada da Microsoft ao iPad, um tablet com a vantagem de possuir tela maior e apoio que o faz parecer uma espécie de porta-retrato do Darth Vader.

O tablet da Microsoft é mais do que isso: marca a entrada da empresa no mercado de computadores, uma atividade que ela antes deixava com parceiros tradicionais como Dell, Lenovo ou HP. Além disso, torna evidente que a Microsoft afinal entendeu uma das principais filosofias da Apple, para quem a garantia de um bom produto é resultado da união entre hardware e software criados um para o outro. E que não conseguiria esse tipo de simbiose até tomar conta das duas pontas do processo.

O principal atrativo do Surface é a capa que cobre sua tela quando ele é desligado, que pode ser colada e retirada por meio de ímãs, como no iPad, mas também possui um teclado interno. O detalhe posiciona o Surface instantaneamente no nicho de mercado entre os tablets e os laptops. E o torna atraente para quem não quer carregar um computador “pleno”, mas também não gosta de digitar textos curtos, mensagens ou e-mails em uma tela sensível ao toque. Uma decisão curiosa foi incluir uma “caneta” para uso com a tela, como se os dez dedos do usuário fossem insuficientes.

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